Nesta quinta-feira (19), as seleções de Japão e Grécia se enfrentam na Arena das Dunas em Natal, capital Potiguar, pelo Grupo C da Copa do Mundo. Ambas equipes estrearam com derrota na primeira rodada: os gregos perderam para a seleção colombiana por 3 a 0, em Belo Horizonte, no ultimo sábado (14), enquanto que a seleção japonesa perdeu de virada para a Costa do Marfim, por 2 a 1, em partida realizada em Recife, também no sábado.

O primeiro e único confronto entre ambas as equipes na história foi realizado em Leipzig, na Alemanha, na Copa das Confederações de 2005. Os japoneses venceram a partida por 1 a 0, com o gol sendo marcado por Masashi Oguro.

Capitão prevê seleção japonesa mais tranquila contra a Grécia

Makoto Hasebe, capitão da seleção japonesa, admitiu nervosismo na estreia diante da Costa do Marfim, porém, acredita que o time ainda tem capacidade de se reabilitar na competição. Apesar da necessidade de vitória para manter as chances de classificação no Grupo C, o volante espera um time mais tranquilo no jogo desta quinta-feira, contra a Grécia. O volante acredita que um dos problemas da equipe na derrota por 2 a 1 para os marfinenses, foi a ansiedade elevada, pelo fato de ser o jogo de estreia.

“Muitos de nós estávamos tensos, ansiosos, com a sensação de que enfim havia chegado o grande dia. O primeiro jogo é o mais difícil e a seleção japonesa ainda não é um time de primeira linha, ainda sentimos a falta de experiência”, afirmou o volante e capitão da equipe japonesa.

Autor do gol contra a Costa do Marfim, o meia-atacante Keisuke Honda afirmou que o time falhou ao não segurar a posse de bola, além de reclamar do clima úmido da capital pernambucana, que exigiu demais capacidade física dos jogadores.

"A posse de bola é um dos nossos pontos fortes, então temos de aproveitá-la com mais eficiência. Contra a equipe africana, corremos muito atrás da bola e nos cansamos. Isso não pode mais acontecer", disse o meio campista do Milan.

Já o goleiro Eiji Kawashima, afirmou que o time deve ser bastante ofensivo diante da seleção grega, atacando com até sete jogadores em alguns momentos da partida. Segundo o goleiro, a característica do time é atacar com força, o que não aconteceu na etapa final contra os africanos: "Temos de manter a bola lá na frente e apostar na qualidade de nossos atacantes para marcar o máximo de gols possíveis. Essa é a nossa forma de jogar, foi isso que treinamos nos últimos anos", explicou.

O atacante Shinji Okazaki acredita que o time não pode repetir as falhas mostradas diante dos africanos, quando saiu na frente, mas permitiu a virada por 2 a 1 no segundo tempo: "Apenas reagimos ao que eles fizeram durante o jogo, quando somos nós que devemos tomar a iniciativa, manter a calma, ficar com a bola nos pés e ditar o ritmo da partida. Ainda podemos nos classificar e até ficar em primeiro no grupo, então vamos dar o máximo e mostrar contra os gregos o que o futebol japonês realmente tem a oferecer", ressaltou.

O treinador da equipe japonesa, o italiano Alberto Zaccheroni deve manter a mesma equipe do jogo de estreia, no duelo decisivo contra os gregos, mantendo o mesmo padrão de jogo da ultima partida na derrota para os marfinenses em no ultimo sábado.

Gregos lutam por sobrevivência na Copa do Mundo

A derrota para a Colômbia por 3 a 0, no último jogo, provocou certo abalo no elenco grego. Mas ao que parece, o clima de otimismo prevaleceu. “Temos potencial e todas as condições de conseguirmos um grande resultado contra o Japão. O grupo inteiro está concentrado neste propósito e vamos lutar muito por essa vitória”, declarou o veterano atacante Salpingidis.

A expectativa dos gregos é que o atacante Kostas Mitroglou, artilheiro nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo, comece a partida jogando. Outro com chances de entrar é o veterano volante Karagounis. A maior dúvida é quem Fernando Santos sacará para a entrada de ambos jogadores.

"Não parece acontecer isso conosco, sinto que os jogadores querem muito fazer um bom papel para que, na verdade, esse ciclo acabe bem. Eu tenho uma relação forte com o grupo e não tenho dúvida nenhuma de que todos estão empenhados e vão interpretar muito bem as minhas ideias. Eles querem alcançar um bom resultado, e eu estou aqui para ajudá-los", avaliou o treinador português.

Conhecido por sua força defensiva, os gregos jogaram no ataque na primeira partida, após sofrerem o gol nos primeiros cinco minutos de partida contra a seleção colombiana.

Apesar da derrota na estreia, Giorgios Samaras afirmou que a equipe não pretende mudar o estilo de jogo e que só a vitória interessa: "Eu sei que todos esperavam os 11 jogadores da Grécia atrás da bola e apenas defendendo. Mas eu acho que o que eles viram foi um time que gosta de atacar, que toca a bola muito bem e que tenta sempre criar chances. Nós saímos para ganhar contra a Colômbia, e a nossa filosofia não vai mudar e vamos fazer de tudo para se sairmos bem diante do Japão", afirmou o atacante.