Nove títulos continentais, seis mundiais 76 campeonatos nacionais. Toda essa tradição enriquece ainda mais o Parque Central, que, a partir das 19h30 desta quinta-feira, é palco do confronto entre Nacional e Boca Juniors, válido pela ida das quartas de final da Copa Libertadores da América.
Para chegar até aqui, o Tricolor somou 9 pontos e ficou com o segundo lugar do Grupo 2, fruto de três empates, duas vitórias e uma derrota. Já nas oitavas de final, os comandados de Gustavo Munúa desafariam as previsões e eliminaram o Corinthians após dois empates (0 a 0 na capital uruguaia e 2 a 2 em São Paulo).
Os Xeneizes, por sua vez, terminaram a fase de grupos com três empates e três vitórias, o que lhes rendeu a ponta da chave 3. Nas oitavas, o time de Guillermo Schelotto garantiu a classificação com dois triunfos sobre o Cerro Porteño: 2 a 1 no Paraguai e 3 a 1 em Buenos Aires.
Nacional deve repetir escalação que eliminou Corinthians
Dentro das fronteiras uruguais, o Nacional postula no terceiro lugar do Torneio Clausura, atrás apenas do Peñarol e do Plaza Colonia. Em 11 compromissos, o Bolso coleciona sete vitórias, dois empates e dois reveses. Com sete gols marcados, Nico López é o artilheiro tricolor no certame.
E era exatamente em torno de Nico López que girava a única dúvida de Gustavo Múnua para o duelo de logo mais. Com dores no joelho, "El Diente" foi substituído aos 14 minutos da etapa final da partida contra o Racing, disputada no último domingo. Apesar do desconforto, o atacante não deve ser problema para o Nacional.
Na entrevista coletiva pré-jogo, Munúa alertou para uma arma específica dos boquenses: Carlos Tévez. Por outro lado, analisou com certa preocupação a mesma de gerações da equipe azul e ouro.
"É um jogador importante que eles têm, com muita experiência. O futebol do Boca passa muito por ele, mas, apesar disso, eu acho que é uma boa equipe e um adversário muito duro, com uma mistura de experiência e juventude. É muito dinâmico e rápido", avaliou.
Caso a presença de Nico López se confirme, os charruas repetirão a mesma formação que foi a campo contra o Corinthians na semana passada.
Entre dúvidas e certezas
As dúvidas também existem do outro lado do Rio da Prata. No último treinamento antes da viagem para Montevideu, o técnico Guillermo Schelotto promoveu o retorno de Gino Peruzzi na vaga de Cristian Erbes. Dessa forma, Jara deve ser deslocado para o meio-campo.
Certo mesmo é o retorno de Daniel Osvaldo. O atacante não atua há dois meses, mas foi relacionado para o embate nas bandas orientais e, questionado pela imprensa argentina sobre a sua lesão, afirmou que está "bem melhor". Ele deve ser opção para o decorrer do cotejo.
Por mais que os portenhos sejam encarados como favoritos por parte da imprensa, Schelotto rejeitou qualquer atribuição de favoritismo à sua equipe: "Boca e Nacional estão iguais. Temos gente alta e de experiência. Nesse aspecto estamos parelhos", opinou
No Campeonato Argentino, os Xeneizes ocupam a modesta nona colocação do Grupo B. No último domingo, o time azul e ouro empatou sem gols com o Huracán em La Bombonera e chegou ao terceiro jogo consecutivo sem vitória na competição.