Problemática desde antes mesmo de começar. Assim pode ser definida a temporada do Arsenal. Ausente da Champions League depois de duas décadas, bem distante da luta pelo título da Premier League, onde vê dificuldades inclusive na briga por vagas nas competições europeias, e eliminado de forma precoce na FA Cup, os torcedores do clube londrino tem tido poucos motivos para comemorar. No entanto, é seguro dizer que alguns deles vieram da Copa da Liga Inglesa.
O Arsenal decide, neste domingo (25), a final da Copa da Liga frente ao Manchester City, com o colossal estádio de Wembley como palco. O City de Pep Guardiola é hoje, sem dúvidas, o time menos preferível de se enfrentar na Inglaterra. Líder com sobras da Premier League e jogando um futebol vistoso, ofensivo e eficiente, os Citzens representarão o maior desafio para Arsène Wenger e sua equipe, até o momento, nesta temporada.
Paralelo a isso tudo, o Arsenal, todavia, tem conseguido grandes resultados na Copa da Liga. Crescendo nos momentos certos, o time de Wenger chega a final da competição depois de uma campanha com quatro vitórias e um empate, além de classificações emocionantes.
A caminhada Gunner na copa começou com o pé direito. Mais precisamente, com o pé direito de Theo Walcott. O Doncaster Rovers era o adversário quando o atacante marcou o gol que decretou a vitória pelo placar mínimo e a classificação do Arsenal para a próxima fase.
Na fase de oitavas de final, o oponente da vez foi o Norwich City. Jogando com time reserva, no Emirates Stadium, o Arsenal não demorou para encontrar dificuldades. Ainda no primeiro tempo, Josh Murphy abriu o placar os visitantes. Sem muitos recursos para reverter a situação, a derrota já parecia provável quando Wenger colocou o jovem Eddie Nketiah no jogo, faltando apenas cinco minutos para o fim. Era a estréia do atacante pela equipe principal e logo em seu primeiro toque na bola, depois de uma cobrança de escanteio, marcou o gol de empate que levou o jogo para prorrogação. Já na prorrogação, a estrela de Nketiah brilhou de novo: dessa vez de cabeça e novamente depois de um escanteio, marcou mais um e classificou o Arsenal para a fase de quartas de final.
Na quartas de final, o Arsenal enfrentou o West Ham. Mais uma vez com time misto e sem seus principais nomes, Ozil e Alexis Sanchez, o Arsenal conseguiu triunfar na Copa da Liga. Em uma partida sem grandes emoções, Welbeck marcou o gol que deu aos Gunners a classificação para às semifinais da competição.
Clássico londrino na semifinal! Agora, o duelo foi contra o Chelsea. Diferentemente das fases anteriores, as semifinais possuíam jogos de ida e volta. Na ida, um empate sem gols em Stamford Bridge. No jogo de volta, Hazard colocou os blues em vantagem logo na marca dos sete minutos. A classificação para a final, então, só viria se o Arsenal vencesse o jogo. O empate também não tardou: Rudiguer marcou contra a própria meta apenas cinco minutos do gol de Hazard. O Chelsea jogava melhor, criava mais, mas, já no segundo tempo, quem marcou foi o Arsenal, com Xhaka, para virar o jogo. Foram os números finais: vitória Gunner por 2 a 1 e classificação carimbada para a final.
Agora sem nomes como Alexis Sanchez e Giroud, que deixaram o clube na janela de inverno, o Arsenal vai em busca de seu terceiro título de Copa da Liga. Por sua vez, o Machester City quer seu quinto título.