Depois do vazamento de um documento em que a supostamente CBF exigia que a Portuguesa aceitasse o seu rebaixamento e em troca ganhasse um empréstimo de R$ 4 milhões, o presidente da Lusa, Ilídio Lico, afirmou que foi o clube paulista o responsável por pedir o empréstimo para a Confederação Brasileira de Futebol, como forma de adiantamento das cotas de TV. Mas a CBF incluiu claúsulas no contrato e só aceitaria, se a Lusa não acionasse a Justiça Comum nem a Corte Arbitral do Esporte para evitar o seu rebaixamento.
Na nova versão, o presidente Ilídio entrou em contato com a CBF em dezembro de 2013 para pedir o empréstimo, mas ele só assumiria a presidência em janeiro. Mas após o caso Héverton e o rebaixamento do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro, essa quantia caiu para R$ 4 milhões (o valor da cota de TV varia de acordo com a divisão que o clube disputa, e na Série B esse valor é referente à R$ 4 milhões).
Como o documento foi redigido apenas em janeiro e já sabendo do rebaixamento do clube, a CBF incluiu claúsulas no contrato, como exibido na reportagem da ESPN Brasil: que a Lusa não alterasse a decisão do STJD por meio da Justiça Comum nem por outras vias (como Corte Arbitral do Esporte.)
"Fiquei revoltado com a proposta feita pela CBF. Eu tenho que falar a verdade. O contrato é indecente. Eu ainda tenho que devolver o dinheiro em 2015. Acharam que eu assinaria isso. A minha plataforma é transparente. Falei com pessoas, mostrei o contrato, e tudo isso foi divulgado. Infelizmente essa é a realidade.No momento, eu não gostei da divulgação do documento. A gente poderia usar esse contrato, mostrar ao Ministério Público, a injustiça que estão fazendo com a gente é muito grande. A Portuguesa vai morrer com dignidade, porque isso nós temos" - afirmou o presidente em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre.