Na tarde deste domingo (23), o São Paulo enfrentou o Santos no Morumbi pelo Campeonato Paulista 2014 e empatou por 0 a 0. O Tricolor buscava acabar com a sequência de insucessos em clássicos, mas continua sem vencer os rivais paulistas desde dezembro de 2012. Apesar do placar zerado, o jogo foi movimentado, contou com erros de arbitragem e lance polêmico no final. 

O resultado mantém o São Paulo na segunda colocação do Grupo A, agora com 15 pontos, três à menos que a líder Penapolense. Já o Santos segue líder do Grupo C, com 23 pontos. Na próxima rodada, enquanto o São Paulo visita o XV de Piracicaba na quarta-feira, o Santos recebe o Bragantino na quinta.

Santos assusta, mas São Paulo se recompõem e domina primeiro tempo, que contou com falhas do auxiliar

O San-São começou nervoso. Nos primeiros 15 minutos, o árbitro Marcelo Aparecido de Souza já tinha dado três cartões amarelos por faltas duras para Rodrigo Caio e Álvaro Pereira do São Paulo e Geuvânio do Santos.

Com a bola rolando, o Santos tentou sufocar o São Paulo no campo de defesa, e por vezes teve a chance de obter sucesso. Aos oito minutos, Rogério Ceni recebeu recuo de bola e, em jogada característica, aguardou o adversário se aproximar para lançar a bola à frente. Deste vez, Damião conseguiu desviar o chute, que sobrou para Cícero que tentou a finalização, mas o capitão tricolor fez a defesa. No rebote, Leandro Damião teve arremate cortado por Rodrigo Caio.

Passados os sustos, a instabilidade dos ânimos no clássico e com a diminuição dos erros individuais, o São Paulo passou a jogar de forma mais consistente e conseguiu chegar melhor e com mais perigo ao ataque, além de diminuir os espaços do Santos, que não conseguiu criar e foi muito bem marcado.

Uma sequência de lances polêmicos começou na partida. Primeiro, Luís Fabiano recebeu de Paulo Miranda e, livre na cara de Aranha, driblou o goleiro e se jogou na área, mas o lance foi paralizado por impedimento inexistente do atacante tricolor.

Em seguida, após um grande contra-ataque do São Paulo, Osvaldo avançou pela esquerda e após evitar a saída da bola, partia sozinho para o gol do Santos, mas o árbitro parou o lance afirmando que a bola havia saído e ainda deu cartão amarelo para o atacante.

Mesmo melhor, São Paulo cede espaço; Santos se recupera e tem pênalti marcado no fim, mas árbitro volta atrás e marca impedimento

Na volta para o segundo tempo, o São Paulo continuou com o domínio da posse de bola e seguiu pressionando o Santos em seu campo de defesa. Álvaro Pereira quase abre o placar logo no primeiro lance, mas o chute cruzado saiu ao lado do gol de Aranha.

O Santos apostava nos contra-ataque e quase marca com Thiago Ribeiro que recebeu a bola e carregou até a entrada da área e chutou forte para boa defesa de Rogério Ceni. Ribeiro também teve a segunda chance dos visitantes ao roubar a bola de Rodrigo Caio e finalizar quase sem ângulo, mas a bola saiu ao lado do gol tricolor.

O time santista começou a assustar mais a meta do São Paulo, e Leandro Damião quase marca o seu segundo gol com a camisa do Santos. Thiago Ribeiro fez boa jogada pela direita e cruzou na cabeça do centroavante que testou, mas Rogério fez uma grande defesa salvando o Tricolor.

Com a diminuição do ritmo, o São Paulo, apesar de mais posse de bola, sofreu alguns contra-ataques. Aos 39, o Tricolor teve falta para cobrar com Rogério Ceni e a bola saiu acima da meta de Aranha. Na sequência, Cicinho acertou uma bola na trave e Gabriel chutou de dentro da área e a bola passou muito próxima à trave.

Quando o jogo se encaminhava calmamente para o empate, outro lance polêmico. Neto deu um chutão para frente, Leandro Damião desviou e a bola sobrou para Rildo que ganhou de Paulo Miranda e foi derrubado pelo zagueiro dentro da área. Marcelo Aparecido de Souza marcou a penalidade, mas após conversar com o auxiliar voltou atrás e marcou impedimento do atacante santista.

Por fim, o clássico terminou sem gols, mas com muitas reclamações de ambos os lados. O técnico Oswaldo de Oliveira chegou a ser expulso após gesticular contra o árbitro.