Jogadores do Cruzeiro defendem permanência do técnico Marcelo Oliveira no comando da equipe

Elenco celeste valorizou o bicampeonato brasileiro conquistado pelo treinador no comando da Raposa e dividiram as responsabilidades pela má campanha da equipe no Campeonato Brasileiro; Sede do clube amanheceu pichada nesta terça-feira (2)

Jogadores do Cruzeiro defendem permanência do técnico Marcelo Oliveira no comando da equipe
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Por Matheus Adler

Eliminação no Campeonato Mineiro e Copa Libertadores da América seguido de um início ruim no Campeonato Brasileiro, esse é o drama vivido pelo técnico Marcelo Oliveira no comando do Cruzeiro neste primeiro semestre de 2015. Por causa dos resultados negativos dentro de campo, parte da torcida celeste pede a saída do técnico bicamepão Brasileiro pelo clube, cotando nomes de vários treinadores disponíveis no mercado, como Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, para substituir Oliveira no comando do time.

A opinião da torcida, no entanto, diverge com a dos jogadores celestes, é o caso do atacante Leandro Damião. O centroavante chegou ao Cruzeiro nesta temporada, sob a confiança de Marcelo para ser o "homem-gol" da equipe, no lugar de Marcelo Moreno, devolvido ao Grêmio, e posteriormente, negociado com o futebol chinês. Mesmo com a derrota para o Figueirense, no último domingo (31), por 2 a 1, em partida válida pela quarta rodada do Brasileirão, Damião revelou que os jogadores estão apoiando a permanência de Marcelo Oliveira na equipe.

“Às vezes é assim no futebol, preferem trocar a comissão do que os jogadores. Hoje, a gente sabe que no clube o Marcelo é respeitado, venceu dois Brasileiros, e nós jogadores estamos com ele”, enfatizou o camisa 9.

Damião também ressaltou a qualidade do treinador, ao conquistar dois Campeonatos Brasileiros seguidos pela Raposa, demonstrando comando sobre a equipe. O jogador aproveitou para demonstrar o seu respeito e gratidão por Marcelo Oliveira, que apoiou a sua vinda para Belo Horizonte.

“O time foi campeão duas vezes com o Marcelo, isso não é falta de comando. É um treinador que eu tenho muito respeito, me trouxe para cá. É uma pessoa que tem respeito não só no Cruzeiro, mas em todos os clubes”, concluiu Leandro Damião.

O também atacante Willian, dividiu a responsabilidade da má campanha do Cruzeiro nesta temporada, com todo o elenco. Assim como Damião, o "Bigode" afirmou que o grupo está unido, apoiando Marcelo, e estão trabalhando firme para que os resultados positivos apareçam.

“A pressão é para todos, para o treinador, para os jogadores. Se os resultados não veem, as cobranças vão existir. Tenho certeza que o Marcelo está tranquilo. É claro que ele fica chateado por não estarmos vencendo, mas tem feito o melhor para ajudar a equipe, se dedicado para nos dar confiança. Os jogadores estão com ele, trabalhando, até porque dependemos disso. O grupo está bem unido”, disse o jogador.

Alisson, meia do Cruzeiro, também dividiu as responsabilidades e relembrou que a Raposa até pouco tempo atrás, era considerada a melhor equipe do país, em função do bicampeonato Brasileiro.

“No futebol, infelizmente, as coisas são assim, mudam da noite para o dia. Há alguns dias, nós éramos o melhor time. Agora, as coisas não estão se encaixando. Não adianta jogar a responsabilidade em cima de treinador, em cima de um jogador. Temos de dividir as responsabilidades, porque está todo mundo junto também nas derrotas”, finalizou.

Sede administrativa do Cruzeiro amanhece pichada: "A paz acabou"

Funcionários do Cruzeiro que trabalham na sede administrativa do clube, localizada na região central de Belo Horizonte, tiveram uma surpresa quando chegaram no prédio, na manhã desta terça-feira (2). Os colaboradores se depararam com pichações, e vidros da fachada quebrados e trincados.

Em função da má campanha que a Raposa vem fazendo neste primeiro semestre de 2015, alguns torcedores mais exaltados, deixaram pichações na parte frontal do prédio, com os dizeres: "A paz acabou, Fora Gilvan e Marcelo, parasitas". O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, além do técnico Marcelo Oliveira, também é responsabilizado pelo mau momento da equipe, pelo fato de ter prometido aos torcedores no início da temporada, um meio-campo para reforçar o time, visando a disputa da Copa Libertadores da América.

Desde a venda de Éverton Ribeiro para o futebol árabe, dirigentes celestes realizam buscas no mercado em busca de reposição para o setor. Vários nomes foram cogitados na Toca da Raposa II, e alguns chegaram a receber proposta da equipe mineira, casos de Cleiton Xavier, Lucas Lima, Ronaldinho e Felipe Gedoz, porém as negociações foram feitas sem sucesso com todos os atletas.