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Como os reservas de Santos e Palmeiras podem mudar o panorâma da final da Copa do Brasil

Como os reservas de Santos e Palmeiras podem mudar o panorâma da final da Copa do Brasil
Como os reservas de Santos e Palmeiras podem mudar o panorâma da final da Copa do Brasil
nuncavistor
Por Vitor Almeida

A Copa do Brasil 2015 está chegando ao seu clímax. Entre tantos e tantos clubes de todos os lugares do imenso Brasil, Palmeiras e Santos serão os privilegiados de fazerem parte da grande final do torneio. Nesta quarta-feira (2) ocorrerá o jogo decisivo para definir o campeão que além de somar mais uma taça no currículo, ganhará uma vaga para a Copa Libertadores da América.

No primeiro jogo, deu Santos, 1 a 0, na Vila Belmiro, Agora no Allianz Parque, o verdão terá a força da torcida ao seu favor para virar o placar agregado. As possibilidades do desfecho dessa grande história são muitas. Temos craques nos dois times, promessas, jogadores decisivos, e até mesmo, reservas essenciais. Sim. Reservas. 

"O exemplo Gabiru"

Muitas vezes os suplentes de um time pouco são levados a sério. Porém, os mesmos podem ser decisivos. Talvez o maior exemplo de todos os clubes brasileiros com jogadores poucos renomados e de conhecimento geral seja Adriano Gabiru, o reserva de Abel Braga que foi à Tóquio para somar no banco de reservas.

Mas quando pisou no gramado do estádio para enfrentar o Barcelona de Ronaldinho em 2006, mudou a história e o patamar do Internacional. Com um gol, Gabiru entrou para história de um clube que depois da conquista veio à vencer muitos e muitos títulos. 

Talvez, essa possa ser a maior motivação para os onze jogadores que formaram as opções dos técnicos Marcelo Oliveira e Dorival Júnior para a grande final. 

Palmeiras: Cristaldo, Kelvin e Andrei Girotto

O significado da palavra decisivo para o Palmeiras no ano talvez seja o sinônimo de Cristaldo. O atacante argentino, que chegou após indicação de Gareca, quando comandava o time pouco rendeu nas primeiras partidas pelo verdão, e logo foi para o banco de reservas.

Porém, foi aí que ele se destacou, e ganhou a moral que hoje lhe é dada pela torcida. Cristaldo chegou a ser um dos artilheiros do Palmeiras na temporada. Entrando no segundo tempo, o atacante definia partida com seus gols decisivos e é a carta na manga que todo treinador um dia sonha ter, de fato.

Foto: Getty Images

Kelvin. A contratação vinda no pacotão de jogadores trazidos por Alexandre Mattos animou a torcida. Sua forma de jogar, deixava todos extasiados e confiantes no potencial de drible e definição do jogador. O jovem atacante que parte pra cima de toda a defesas fez poucos gols pelo Palmeiras em 2015.

Porém, o seu cacoete de mudar partidas não vem pela forma de balançar a rede, e sim, de mudar completamente o panorama do jogo. Marcelo Oliveira terá a opção de jogadas com vitória pessoal e de velocidade, e para isso, ele conta com Kelvin, que com seu jeito cativante de jogar, poderá reverter o placar desvantajoso para o verdão paulista.

Foto: Getty Images

Por fim, o mais subestimado de todos, talvez. Andrei Girotto. O meia que fez o gol que botou o Palmeiras na final da Copa. Uma cabeçada no canto de Alisson no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil diante do Internacional, tornou Andrei uma grande peça de modificação sentada no confortável banco de reservas do Allianz Parque. A jogada área tem sido uma forte arma do Palmeiras de Marcelo Oliveira, e se o necessário é fazer gols, Andrei Girotto poderá ajudar, e muito, o verdão nesta final.

Foto: Divulgação/ Palmeiras

Santos: Geuvanio, Rafael Longuine e Vitor Bueno

O 12° segundo jogador do Santos. A joia da base que faz golaços e incendeia partidas após sua entrada. Geuvanio. Uma promessa santista que causa euforia nos torcedores e cansaço nos zagueiros.

Autor de belos gols, Geuvanio já esteve entre os titulares do peixe, porém, a recente ascensão de Lucas Lima e Marquinhos Gabriel deixaram o meia-atacante santista nos 11 jogadores que sentam no banco da Vila Belmiro. Porém, o mesmo entra todo santo jogo, e com extrema personalidade, bota a bola embaixo do braço e tenta decidir partidas. 

Foto: Getty Images

O injustiçado Rafael Longuine. Na reserva de Lucas Lima, são raras as oportunidades que o meia tem de sair jogando como titular no peixe. Como substituto direto, Rafael tem a árdua tarefa de recompor uma ausência do craque santista em algum jogo específico.

Seu primeiro gol, mas não menos importante, com a camisa santista foi diante do São Paulo, pela Copa do Brasil. Os 3 a 0 que ficaram marcados na semifinal foi muito por conta de Longuine, autor do último gol. Apesar de ser reserva de Lucas Lima, Rafael será uma ótima opção para Dorival Júnior, caso o treinador queira duplicar sua qualidade de passe, chute, e armação. O jovem poderá mudar o panorama da final caso entre.

Foto: Getty Images

Recém promovido do sub-23, Vitor Bueno é uma joia da base santista. Comparado a Raí muitas vezes na base pelo seu estilo de jogar, assim como Longuine, Vitor teve poucas chances na equipe titular santista. No Campeonato Paulista deste ano, Vitor ajudou o peixe a vencer o São Paulo por 4 a 0 na Vila Belmiro, dando passes para gols e jogadas de efeito que terminaram em chances criadas em prol da equipe santista.

Seu jeito franzino e moleque de jogar chama atenção pois é o time de jogador que a torcida santista gosta. Com personalidade, Vitor poderá ser essencial para o Santos em alguma situação adversa no confronto desta noite. Cabe a Dorival Júnior fazer a escolha certa dentre as boas opções que tem para tentar mudar a partida.

Foto: Divulgação/ Santos