Vivendo situações distintas, Avaí e Figueirense medem forças em clássico no Catarinense

O clássico de número 413 vê o Avaí em uma fase melhor, mas o Figueirense também oferece perigo estando de comando técnico novo

Vivendo situações distintas, Avaí e Figueirense medem forças em clássico no Catarinense
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
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Por Roberto Casagrande

Não importa se um dos lados está prestes a confirmar uma vaga na final, e tão pouco importa se o outro lado está gerando muitas desconfianças, pois aquela velha máxima já mata quaisquer argumentos: clássico é clássico! Porém, além de sabermos que tudo pode acontecer, o momento de cada clube tem que ser levantado a botado em consideração, e isso dá um certo favoritismo ao Avaí, por estar invicto e fazendo uma bela campanha, mas tudo isso morre quando o árbitro ordenar o início de jogo.

Na competição, o Avaí lidera com 16 pontos ganhos em 6 jogos, sendo 5 vitórias e um empate, aproveitamento de 88% com uma distância de pontos para o segundo colocado (Criciúma), e faltando 3 rodadas para o fim do turno, ou seja, somente uma tragédia tira a vaga do leão na final. Enquanto isso, o Figueirense viveu momentos turbulentos na competição, tanto que já demitiu um treinador nesse início de temporada (Marquinhos Santos). Agora com Márcio Goiano no comando, o furacão busca o seu espaço ao sol na temporada, e vai querer começar isso no clássico.

Avaí e Figueirense já se enfrentaram em 412 oportunidades em toda história, sendo que o primeiro jogo entre ambos foi realizado em 1970. O furacão leva uma pequena vantagem sobre o leão no retrospecto geral, sendo desses 414 jogos: 132 empates, 144 vitórias do Figueirense e 136 vitórias do Avaí. Um histórico equilibrado e muito próximo, cujo terá mais um capítulo nesta sétima rodada do campeonato catarinense.

Capa ressalta a importância do clássico

Fazendo parte do sistema defensivo, cujo é um dos pontos que fazem o Avaí ser o líder indiscutível do estadual, Capa ressaltou a importância do setor que vem demonstrando muita solidez ao longo dos jogos: “Nossa defesa está muito consistente. O segredo é a dedicação na marcação, o empenho que todos da linha de trás impõem. Falamos sempre que se não tomarmos gol, vamos marcar nas partidas e sair vitoriosos dos confrontos."

O lateral também sabe do quão representa o jogo, por isso, na sua entrevista coletiva, ressaltou que a vitória será muito importante, tanto para a campanha em si, mas também para apimentar a rivalidade: “O clássico por si só já tem uma importância enorme. A rivalidade entre os dois clubes é grande e a derrota nunca será aceita. Precisamos buscar a vitória, pois nosso intuito é a vaga na final e a briga pelo título. Temos um calendário cheio e alcançar este objetivo é importante. É um bom modo de coroar o trabalho que vem sendo feito".

O início da era Márcio Goiano no Figueira

Com a demissão de Marquinhos Santos, após a vexatória eliminação para o Rio Branco-AC, o furacão agiu rápido e contratou Márcio Goiano para o comando técnico. A missão do novo contratado não é nada fácil, pois ele precisa superar todas as desconfianças sobre o elenco que o último treinador deixou, e a sua caminhada começa justamente no jogo mais importante que os seus comandados podem ter, em um clássico.

No apronto para o grande jogo da rodada, o capitão, artilheiro e zagueiro do Figueirense, Bruno Alves, que tem mais identificação com o clube em relação aos seus companheiros, passou os ingredientes para sair do jogo com o triunfo: “Tem que ter a identificação. Só consegue sentir o clássico quem é identificado com o clube, independente se está aqui há cinco, seis anos, ou se chegou há uma semana. O atleta, quando chega no clube, tem que buscar essa identificação. Acredito que o grupo inteiro está bastante identificado. No jogo em Chapecó já teve uma melhora, uma entrega. Contra o Avaí não vai ser diferente, pois sabemos que uma vitória lá pode melhorar bastante as coisas para o nosso lado. O clássico é um jogo à parte. É um campeonato à parte."