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Único remanescente do título da Copa do Brasil em 2013, Gabriel vive momento crucial no Flamengo

Meia de 27 anos espera uma possível oportunidade na final para mostrar sua importância ao técnico Reinaldo Rueda

Único remanescente do título da Copa do Brasil em 2013, Gabriel vive momento crucial no Flamengo
Após chegada cheia de esperanças em 2013, Gabriel busca recuperar espaço no time I Foto:Rodrigo Rodrigues / VAVEL
lucasmathias
Por Lucas Mathias

Quatro anos se passaram desde o último título do Flamengo na Copa do Brasil: em 2013, o Rubro-negro chegou à conquista do seu tri-campeonato da competição. E no próximo dia 27, a história pode se repetir: clube rubro-negro chega à final desse campeonato pela sétima vez, e busca seu quarto título - desta vez, o adversário é o Cruzeiro, como em 2003.

O primeiro jogo da final ocorreu no último dia 7, no Maracanã, e terminou empatado por 1 a 1. O segundo jogo será no Mineirão, e é promessa de grande jogo - vale lembrar que como não há vantagem extra para o gol fora na final desse campeonato, qualquer empate acarretará em pênaltis. 

Mas se vale a lembrança de 2013 neste momento do Flamengo, ninguém melhor que o jogador Gabriel para lembrar: o meia, de 27 anos, é o único no elenco rubro-negro que esteve presente na conquista da última Copa do Brasil, em seu primeiro ano de clube.

De lá para cá, foram quatro anos de esperanças, inseguranças, lampejos e irregularidade. O jogador chegou ao Flamengo com status de promessa, e viveu alguns bons e maus momentos no clube da Gávea, oscilando entre peça constante nas escalações e momentos em que não era presença nem no banco.

Nestes quatro anos, o jogador acumula um título de Copa do Brasil e três Campeonatos Cariocas.

2013: Com status de promessa, Gabriel chega ao Flamengo, e veste a camisa 10

Há quatro anos, o panorama era outro: Eduardo Bandeira de Mello assumia a presidência do Flamengo e, num pacote de três reforços, anunciava João Paulo, lateral esquerdo; Elias, meio campo, importante na conquista daquele ano; e Gabriel, uma promessa do Bahia, que havia sido o principal responsável pela conquista do Campeonato Baiano de 2012, e importante também na campanha do Bahia no Brasileirão daquele ano, com 13 gols.

O jogador chegava ao Flamengo como joia a ser lapidada para um futuro importante no clube, e logo de cara vestiu a camisa 10. Após um período de adaptação, normal, principalmente para jogadores jovens, o Gabriel de 23 anos acabou perdendo a 10, mas já conquistava certo espaço no clube. Ele marcou seu primeiro gol pelo Flamengo no dia 31 de março de 2013, na derrota por 2 a 1 para o Audax.

Naquele ano, o jogador terminaria com um total de 45 partidas disputadas e três gols marcados. Vale lembrar o ótimo jogo feito pelo meia baiano contra o Criciúma, no dia 8 de junho de 2013, em que ele marcoudois gols, além de fazer uma belíssima jogada e sofrer o pênalti convertido por Hernane, na vitória por 3 a 0. Tal jogo exaltaria ainda mais o status do jogador que começava sua jornada no Rubro-negro.

2017: Calejado no clube, Gabriel chega a sua segunda final de Copa do Brasil em quatro anos, porém com menos espaço no clube

Já com a camisa 17, quatro anos mais tarde, Gabriel já não é mais a promessa que chegou. Calejado, o meia se encontra hoje em um panorama completamente oposto ao do tempo de sua chegado: com 211 jogos pelo Rubro-negro, e 23 gols marcados, o meia baiano acabou perdendo mais espaço ainda após a chegada de Reinaldo Rueda ao comando técnico do Flamengo.

O jogador tem 28 partidas disputadas no ano. No entanto, somente 5 após a chegada de Rueda, e na maioria delas em situação de escalação de um time alternativo ao titular, ou entrando ao longo do jogo. 

Com Zé Ricardo a história era um pouco diferente, mas Gabriel poucas vezes foi notavelmente efetivo. Fazia seu papel, como jogador disciplinado que é: fechava, e ainda fecha quando joga, muito bem os espaços defensivos no seu lado de marcação.

No ataque, em tese seu território de fato, pouco produz. Vive de lampejos, boas jogadas e gols eventuais - como o golaço marcado contra o San Lorenzo (ARG), ainda na Libertadores da América. Falando em gols, o meia tem somente dois marcados esse ano, ambos ainda no comando de Zé Ricardo.