Queda na atuação e os mesmos erros da partida contra o Caxias sendo repetidos. O Internacional empatou com o Boavista por 1 a 1, na noite desta quarta-feira (31), em Cascavel, e avançou para a segunda fase da Copa do Brasil

Odair Hellmann surpreendeu a todos que esperavam por Camilo na extrema esquerda ao lado de D'Alessandro. Ao invés disso, o treinador colocou Edenílson para fazer a função, e Gabriel Dias ao lado de Rodrigo Dourado. Tal feito que vem sendo corriqueiro durante as partidas do Colorado, Odair insiste em testar Edenílson nesta função. Porém, o meia vem se mostrando insuficiente, pois deixa a equipe com pouca infiltração, é provável que Odair pare de insistir nesta ideia e comece a testar outros atletas nessa função. Patrick e Marcinho são candidatos.

Foto: (Ricardo Duarte / Internacional)
Foto: (Ricardo Duarte / Internacional)

O treinador colorado manteve a equipe na mesma formatação de todos os jogos da temporada, o 4-2-3-1. A linha de defesa seguiu compacta com o quarteto Dudu, Klaus, Cuesta e Iago. Porém, esteve desprotegida nos contra-ataques da equipe do Boavista. Com a atuação fraca de Gabriel Dias tanto ofensiva, quanto defensivamente, Rodrigo Dourado se sobrecarregou na função e teve de fazer o papel tanto de primeiro quanto de segundo volante e deixou a zaga desprotegida por geralmente estar fora de lugar nos contra-ataques.

A linha de três meias formada por Pottker, D'Alessandro e Edenílson foi o ponto forte da equipe em parte. D'Ale e Pottker deram o que de melhor teve o Internacional ofensivamente. Todas as jogadas ofensivas passavam pelos pés do capitão e as mais perigosas terminavam em finalização do camisa 99. Foi assim que saiu o gol, com assistência de um e conclusão do outro. Edenílson não teve muito trabalho na marcação pelo seu setor e não conseguiu dar a profundidade necessária para quem atua na extrema esquerda, o que sobrecarregou D'Ale e Pottker. Sua atuação foi praticamente nula.

Leandro Damião foi combativo e empenhado como sempre, até participou de algumas jogadas ofensivas, mas a verdade é que fez muito menos do que deveria fazer como centroavante da equipe. O gol da equipe do Boavista aconteceu a partir de uma falha de marcação de Patrick que deixou Faísca bater a gol e principalmente na falha do goleiro Danilo Fernandes que espalmou a bola na cabeça de Renato Donizete que só teve o trabalho de colocar a bola para a rede.

A falta de efetividade do Internacional nessa partida se explica justamente por algumas peças estarem sobrecarregadas, por a equipe titular não estar definida e pela má fase técnica de alguns jogadores que precisam ser observados.

Conclusões 

Foto: (Ricardo Duarte / Internacional)
Foto: (Ricardo Duarte / Internacional)

Odair Hellmann precisa parar de fazer testes, definir uma equipe titular, colocar ela para atuar, repetir e mostrar desempenho. Seus testes estão bagunçando a equipe e fazendo a torcida perder a paciência com alguns jogadores. Alguns atletas da equipe reserva, que venceram as duas partidas que atuaram por 3 a 0, precisam ser observados com certo carinho, seja pelo que mostraram ou pelo baixo rendimento dos titulares. Danilo Fernandes vem inseguro, enquanto Marcelo Lomba a cada atuação mostra segurança. Danilo Silva além dos dois gols marcados, mostra evolução física e técnica em relação à temporada passada. Quem é o lateral direito?

Edenílson e Rodrigo Dourado precisam treinar os movimentos em campo juntos se realmente formarão a dupla de volantes. Odair já treinou Juan Alano como segundo volante e o jogador vem atuando muito bem com o time reserva, pode ser uma alternativa. O extrema esquerda precisa ser definido para os movimentos ofensivos de infiltração serem treinados. Camilo, Patrick, Marcinho e Nico López brigam pela posição enquanto Wellington Silva não pode jogar. Leandro Damião vêm em má fase técnica, Roger na equipe titular precisa ser analisado. São questões que ficam dessa partida e do inicio de ano do Internacional.