Mesmo depois de ser eleita seis vezes a melhor do mundo, Marta ainda diz ficar nervosa antes dos jogos. Com apenas 45 minutos atuando na Copa Do Mundo de Futebol Feminino na França a jogadora marcou seu primeiro gol, se igualando ao artilheiro do mundial masculino, Miroslav Klose, com 16 gols nas competições.

A camisa 10 foi substituída no segundo tempo, contra a Austrália por não estar 100% recuperada, após uma lesão. A derrota por 3 a 2 contra a seleção da Oceania não desanimou a brasileira, que afirmou ir com toda a força e garra para o jogo contra a Itália em busca da classificação para a próxima fase da competição. 

A rainha da Seleção Brasileira sonha em ir longe na oitava edição da Copa do Mundo. Em entrevista divulgada pela FIFA, Marta destacou que agora é tudo ou nada.

"É vida ou morte para nós agora. Nós precisamos vencer para qualificar. Nos temos um adversário difícil mas se criarmos chances, nós podemos levar a bola para o gol".

Falando sobre sua rotina em dias de jogos, a jogadora admitiu ficar nervosa antes das partidas.

"Eu fico muito nervosa, o que parece ridículo. Eu vou muito ao banheiro. Meu Deus (risadas). Não é nada. É apenas para me manter bem. Eu não consigo comer nada, também tenho um momento para mim mesmo, para falar com Deus. E sempre uso a porta da frente do ônibus, tanto para entrar quanto para sair. Parece soar estranho mas é uma coisa que eu faço. Quando a bola rola, eu apenas tiro tudo da minha mente e foco apenas no trabalho que devo fazer". 

Artilharia

Sobre a artilharia, Marta se diz  feliz, mas realçou que conseguiu chegar devido ao grupo. 

"Estou muito feliz, claro que foi um trabalho em time. Eu não iria ter essa quantidade de gols em Copa do Mundo se não fosse a ajuda das colegas de equipe. É bom, e claro me motiva. É algo que me empurra dentro de campo".

Conquistas

A Copa da França veio para mostrar uma evolução no futebol feminino, a visibilidade desta edição, a quantidade de patrocinadores e público é bem maior que das edições anteriores. Para Marta, que joga com uma chuteira sem marca, em protesto ao baixo patrocínio oferecido à ela, com um detalhe que pede igualdade entre gêneros, diz que é importante o suporte por algo que a equipe faz por tanto tempo. 

"Sim. É uma conquista para o futebol feminino. Estamos sempre pedindo mais apoio, desenvolvimento e reconhecimento por algo que estamos fazendo há anos. É importante e não queremos apenas ir e vir. Nossa geração, tanto no Brasil quanto em outros países, irá um dia e esperamos que as gerações futuras possam construir sobre as coisas".

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

#repost @goequal__ ・・・ Nós precisamos de apoio. Mas mais do que apoio, nós precisamos de respeito. E dar valor é a melhor forma de mostrar respeito a alguém. No esporte. Na vida. Por isso a equidade é algo pelo qual todas, todos e todxs devemos lutar. E a hora de agir é AGORA. Faça o gesto de igualdade e poste marcando a nossa hashtag #GoEqual . . . We need support. But more than support, we need respect. And giving value is the best way to show someone respect. In sports. In life. That is why equity is something that we must fight for. And the time to act is NOW. Make the equality gesture and post marking our hashtag #GoEqual . . . Necesitamos apoyo. Pero más que apoyo, necesitamos respeto. Y dar valor es la mejor forma de mostrar respeto a alguien. En el deporte. En la vida. Por eso la equidad es algo por el cual todas, todos y todavia debemos luchar. Y la hora de actuar es AHORA. Hacer el gesto de la igualdad y el post que marca el hashtag #GoEqual

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Sobre sua carreira, a camisa 10 expressou que gostaria de ser lembrada pelo seu legado não só dentro de campo.

"Acho que os jogos e os gols que eu marquei, os prêmios que ganhei. Mas acho que seria mais importante ser lembrada por ter tentado, junto com outras jogadoras melhorar o jogo, deixar um legado para a próxima geração de jogadoras que aparecerem".

Nesta terça-feira (16), Marta entra em campo com a Seleção Brasileira às 16h, horário de Brasília, contra a Itália.