Na noite deste sábado (19), o Corinthians recebeu o Cruzeiro em sua Arena e foi derrotado por 2 a 1, de virada, com polêmicas envolvendo a arbitragem, e mais uma vez, apresentando um futebol de baixa qualidade. Em entrevista coletiva depois do término da partida, o técnico Fábio Carille reconheceu o mau momento vivido pelo grupo. 

Era um jogo pra mudança de corredor, até tentamos isso, mas erramos, nisso de começar na esquerda e terminar na direita e vice-versa (...) São muitos erros, uma forma tática que precisa ser melhor elaborada, muitos erros técnicos. Precisamos todos crescer aqui dentro como um todo", admitiu o treinador. 

Apesar da má fase, Carille também disse acreditar que a equipe ainda pode conseguir a classificação para Libertadores da América.  

Mesmo com tantas dificuldades ainda estamos na parte de cima. Se melhorar, vamos continuar em cima e conseguir nosso objetivo", afirmou.

Carille disse que passar por um momento como esse não é exatamente uma novidade para ele, visto que já passou por situações semelhantes enquanto auxiliar técnico. 

"Como técnico é sim (a primeira crise), mas em 11 anos de Corinthians não. Já vi tudo. Os oito anos como auxiliar foram uma faculdade, mais do que isso, o dia a dia e a realidade. Faz a gente trabalhar mais ainda, rever algumas coisas, dar apoio ao grupo. O principal aprendizado que tive foi naquela derrota do Tolima, o Andrés bancou o Tite naquele período e depois fomos muito vitoriosos. Sei que trabalho muito, meu grupo trabalha demais”, explicou. 

O treinador também comentou a respeito da polêmica envolvendo a arbitragem - no lance do segundo gol do Cruzeiro, o auxiliar de arbitragem levantou a bandeira de maneira equivocada, fazendo com que o zagueiro Marllon desistisse do lance, pensando haver impedimento na jogada e o gol saiu. 

A questão do VAR é que o bandeira tem que esperar terminar a jogada. Não tem o que falar, foi gol. Mas o bandeira não pode levantar. Tem de esperar para ser checado. O juiz estava na linha do lance, não havia necessidade de levantar a bandeira. Ele acabou me expulsando, não falei nada de mais. Não estou entendendo algumas coisas”.

Por fim, Carille defendeu os atletas contra manifestações de parte da torcida, que acusou os jogadores de jogarem sem vontade. 

Discordo totalmente dessa questão de raça e de vontade. Pelas partidas que estamos fazendo. Se não estivéssemos correndo, estaríamos perdendo por mais gols”, finalizou.