Um novo estatuto estará vigorando no São Paulo a partir do dia 10 de janeiro de 2017. Em uma assembleia geral realizada no último sábado (03) entre os sócios, foi aprovado com 84% dos votos o novo regimento do clube.
Entre as principais mudanças, destaca-se a criação de um Conselho de Administração, o fim da reeleição para presidente (agora com um mandato único de três anos), a criação de uma diretoria profissional remunerada de até nove integrantes, e a alteração da data eleitoral de abril para dezembro.
Na fase de propostas, cerca de 150 conselheiros e sócios participaram com aproximadamente 300 sugestões. Depois, em emenda, mais de 80 conselheiros e associados apresentaram algo perto de 350 sugestões (20% das propostas apresentadas foram usadas na íntegra, 30% parcialmente aprovadas e 50% descartadas).
As novas regras ainda terão dois pontos de discussão num futuro próximo: um sobre a viabilidade de separar a administração do clube social do futebol, e outro a respeito da inclusão dos sócios e sócios-torcedores no processo eleitoral, com voto direto para presidente. Os dois estudos terão 12 meses para serem realizados.
A aprovação da matéria finalizada já havia ocorrido em 16 de novembro por parte do conselho deliberativo e agora a decisão foi corroborada pelos sócios com 621 votos favoráveis, 117 contra, 1 branco e um nulo. A proposta é de uma modernização na maneira de fazer futebol no clube, caminhando para uma maior profissionalização e sintonia com o que tem acontecido no restante dos clubes no país, especialmente o fim da reeleição para presidente, que gerava discórdia no ambiente político do clube.
A criação do novo estatuto é ponto positivo na gestão de Leco, que em meio a um ano conturbado no futebol do clube, destaca-se com propostas que prometem dar ao São Paulo uma "nova cara", moderna e profissional, onde os sócios da instituição poderão ter papel importante num futuro próximo.