Depois de nove rodadas sem saber o que era vencer, o São Paulo voltou ao caminho dos triunfos na noite desta quarta-feira (19), quando passou pelo Vasco da Gama, com gol do argentino Lucas Pratto, logo aos dois minutos de partida. Com a vitória, o tricolor paulista adiou uma eminente crise por falta de resultados. Já o Vasco, que empatou com o Santos no último domingo por 0 a 0 e, portanto, precisava dos três pontos, seguirá, pelo menos até domingo, na pior das hipóteses, em 10º lugar, em caso de vitória do Fluminense, nesta quinta.

Ocupando a 17ª posição, com apenas quinze pontos, o São Paulo ainda se encontra no Z4, mas agora, já começa a mirar no Atlético-PR e na Chapecoense, que somam, respectivamente, 16 e 18 pontos. O detalhe é que a equipe paranaense pode, em caso de vitória na rodada, sair da alça de mira do tricolor, chegando aos 19 pontos. Já o Vasco, com 20 somados, ocupa a nona posição, e corre o risco de ser ultrapassado pelo tricolor carioca, em caso de triunfo diante do Cruzeiro.

Na próxima rodada, o Vasco viaja para Belo Horizonte, onde, no domingo (23), enfrenta o Atlético-MG, às 19 horas (de Brasília), na Arena Independência. Com o Galo em má fase, o Gigante da Colina espera beliscar uma vitória longe do Rio, para seguir sonhando com vaga no G6. Já o Tricolor, terá o Grêmio, a exemplo da partida desta quarta, em casa, o que se torna uma grande chance de engrenar em duas vitórias seguidas. O confronto de tricolores está marcado para as 20 horas, na próxima segunda-feira (24).

São Paulo em cima no começo, abre o placar e vê Vasco equilibrar

O jogo mal havia começado e o torcedor são-paulino já comemorava nas arquibancadas do Cícero Pompeu de Toledo. Após um vacilo enorme do sistema defensivo do Vasco, Cueva acha Pratto livre, a direita da marca penal, o atacante chuta forte, rasteiro, e vence Martín Silva, abrindo o placar para o Soberano.

Enquanto ainda se recuperava do gol relâmpago, o Vasco cede espaço novamente, e Wellington Nem chega frente a frente com Silva, mas o Goleiro uruguaio leva a melhor contra o atacante e evita o que seria o segundo do São Paulo com apenas três minutos.

O começo, se contado exclusivamente, daria a entender que o São Paulo teve o controle das ações, que narravam uma possível goleada no Morumbi. Contudo, logo após os sustos iniciais, o Vasco da Gama se concentrou, e quase que como mágica, passou a apertar a equipe paulista em seu próprio campo. O São Paulo, por sua vez, aceitou o avanço da equipe carioca, cedendo espaços até a intermediária, mas apertando a marcação enquanto o cruzmaltino chegava perto de sua área.

Sem muitas saídas para chegar ao gol pelo toque, o Vasco precisava tentar hipóteses. Uma delas, proveniente de jogadas aéreas, já mostrava não dar muito resultado, deixando então a disposição, apenas as tentativas de longa distância, quando a marcação fechava os espaços. E, usando este fundamento, Bruno Paulista se destacou. Foram três chutes de média ou longa distância contra o gol defendido por Renan Ribeiro, que se virava para defender os foguetes.

O São Paulo chegava esporadicamente, através de contragolpes velozes, muitas das vezes puxados por Cueva, mas que em sua maioria, paravam no sólido sistema defensivo do Vasco, que quando não falha, consegue anular muitas das tentativas adversárias. Contudo, mesmo com o Vasco apertando durante quase toda a etapa inicial, o último lance de perigo foi do São Paulo, com um chute forte, cruzado, do lateral direito Bruno, que acabou indo para fora, “tirando tinta” da trave direita de Silva.

Tricolor passa sufoco, mas consegue confirmar vitória na etapa final

Com o início do segundo tempo, vinha também o início da participação do jovem Paulinho, cria da base do Vasco, que entrara na vaga de Wagner, que sentiu o músculo posterior da coxa direita e se tornou dúvida para a próxima rodada. O garoto entrou bem pela esquerda de ataque e criou algumas jogadas, mas sem muita eficiência, devido à falta de aproximação dos companheiros.

Somente a partir dos 25 minutos que o Vasco começou a apertar o São Paulo. Na primeira jogada, uma bola esticada de Paulão buscando Paulinho, que não conseguiu antecipar e Renan Ribeiro saiu de forma providencial, para evitar o que seria o empate vascaíno. Minutos depois, o Vasco tentava novamente, com Thalles, mas a bola subia demais, aliviando o goleiro são-paulino.

O Tricolor se fechava, enquanto o Vasco insistia em jogadas aéreas e bolas longas, que por vezes, graças a bate-rebates e indecisões da defesa tricolor, quase levaram o Gigante da Colina ao empate, como no lance em que Rodrigo Caio teve de cortar contra a própria linha de fundo, já que a bola sobrava para Thalles na meia-lua.

Aos 44 minutos, o Vasco partiu com tudo, e em uma bola cruzada, após o toque de Paulinho, a bola ia entrando, quando Rodrigo Caio conseguiu tirar, quase que em cima da linha, evitando, mais uma vez, o empate vascaíno. No mesmo minuto, após bola levantada em cobrança lateral de falta, Thalles cabeceou, mas a bola foi nas mãos de Renan, que mais uma vez evitou o gol, no último lance de perigo da partida. Festa tricolor no Morumbi, depois de nove rodadas. 

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