Nem sempre as trajetórias das equipes de Fórmula 1 estão frescas nas memórias do fã da principal categoria automobilística do planeta. Há 70 anos havia o primeiro campeonato mundial de F1, mas de lá para cá muita coisa mudou, entre elas os times que hoje compõem o grid. Atualmente, dez construtoras brigam pelo título, entretanto você conhece a histórias de todas elas?
Assim, a VAVEL Brasil relembra os principais momentos de Alfa Romeo, Alpha Tauri, Ferrari, Haas, McLaren, Mercedes, Racing Point, Red Bull Racing, Renault e Williams. Serão duas semanas de publicações, esta primeira terão as cinco primeiras citadas acima. Em seguida, as outras cinco da ordem alfabética. Sem mais delongas, vamos com um time sonhador:
Haas
A Haas Formula LLC, que compete como Haas F1 Team, é uma equipe americana de Fórmula 1, estabelecida pelo co-proprietário da equipe NASCAR Cup Series, Gene Haas, em abril de 2014. A equipe originalmente pretendia fazer sua estreia no início da temporada de 2015, mas depois optou por adiar sua entrada até a temporada de 2016. O time tem sede em Kannapolis, Carolina do Norte, juntamente da equipe irmã da NASCAR, Stewart-Haas Racing. A Haas também estabeleceu uma segunda base avançada em Banbury, em Oxfordshire, Inglaterra, com o objetivo de ficar mais próxima das corridas que configuram a parte europeia do calendário da F1.
Historicamente, a Haas é a segunda equipe com esse nome. A Haas Lola foi uma equipe norte-americana que competiu nos anos de 1985 e 1986, porém as duas equipes não têm relação, assim como seus donos Carl Haas (Haas Lola) e Gene Haas (Haas). A última equipe norte-americana que tentou fazer parte da F1 foi a US F1, mas sem sucesso.
Após o colapso da Marussia F1 durante a temporada de 2014 e o leilão de seus ativos, a Haas comprou a sede da equipe em Banbury para servir como base avançada para suas operações. A estreia veio apenas em 2016.
A equipe corre com os motores Ferrari e já foi até mesmo considerada uma equipe ''B'' do Cavalinho Rampante. Apesar de ser novata na F1, a Haas tem uma longa história no automobilismo, com dois títulos e 32 vitórias na Sprint Cup.
Estreia regular em 2016
Os dois pilotos a primeiro disputarem uma corrida pela a Haas foram Romain Grosjean e Esteban Gutiérrez. Na estreia, em Melbourne (GP da Austrália), os primeiros pontos da história da equipe foram conquistados. O piloto francês conseguiu terminar em uma ótima sexta colocação, levando oito preciosos pontos para casa. Gutiérrez não terminou a corrida.
Na segunda etapa do campeonato, no Bahrein, Grosjean novamente conseguiu pontos, mas desta vez conquistando o que seria, até então, o melhor resultado da história da equipe, com um quinto lugar. Gutiérrez novamente abandonou.
O começo da equipe na F1 foi animador apesar dos dois abandonos do piloto mexicano, e diferente do resto da temporada. A equipe voltou a pontuar apenas mais três vezes, todas com o piloto francês: P8 na Rússia, P7 na Áustria e P10 no Japão, rendendo à equipe a oitava colocação no campeonato de construtores com 29 pontos, batendo Manor, Sauber e Renault.
Temporada de 2017
Os péssimos resultados da temporada anterior fizeram a equipe trocar Gutiérrez por Kevin Magnussen, mas sem muito efeito, já que junto de Grosjean, os dois tiveram quatro abandonos nas oito primeiras corridas, com cada um alcançando a oitava colocação uma vez. A melhor colocação do ano foi de Grosjean, que terminou o GP da Áustria na P6. A equipe melhorou em termos de pontuação em relação à sua temporada de estreia: foram 47 pontos na oitava colocação.
Manutenção da dupla de pilotos para 2018
Após uma temporada onde os resultados foram melhores, a equipe resolveu manter a dupla de pilotos para 2018. O início do campeonato foi distinto para os dois pilotos. A única semelhança foi o novo abandono duplo no primeiro GP do ano, na Austrália. Na sequência, Magnussen emplacou cinco corridas pontuadas até que seu companheiro pontuasse, porém a melhor posição da equipe na temporada foi justamente conquistada pelo piloto francês: um quarto lugar no GP da Áustria. Logo, esse foi o melhor resultado da história da equipe.
A consistência de Magnussen e o quarto lugar de Grosjean renderam 93 pontos para a equipe, que alcançou a quinta colocação no campeonato de construtores, melhor colocação da equipe estadunidense.
Uma temporada de 2019 com expectativas
A temporada de 2019 era muito aguardada pela equipe norte-americana após o ótimo resultado no ano anterior. Parecia que finalmente o sonho norte-americano de fazer sucesso na F1 se tornaria real. Magnussen e Grosjean foram mantidos, e a equipe estava focada em não abandonar novamente no GP de abertura, na Austrália. E isso aconteceu com um dos carros: Magnussen conquistou um ótimo sexto lugar. Porém, Grosjean abandou pela terceira vez seguida o GP de Melbourne.
O início da temporada foi parecido com o do ano anterior para Grosjean, que abandou quatro das primeiras três provas. O problema foi que o início de Magnussen foi completamente diferente. Enquanto na temporada de 2018 o norueguês pontuou seis vezes nas primeiras 10 corridas, em 2019 foram apenas duas pontuações na mesma quantidade de provas.
Isso tudo rendeu à equipe um amargo penúltimo lugar com 28 pontos, batendo apenas a Williams, que fez só um ponto na temporada toda.
Em 2020 a equipe manteve pelo quarto ano a dupla de pilotos Romain Grosjean e Kevin Magnussen. O piloto brasileiro Pietro Fittipaldi foi anunciado como piloto de testes e reserva da equipe.
Estatísticas da Haas na F1
Corridas: 83
Vitórias: 0
Poles: 0
Pódios: 0
Pontos: 197
Voltas mais rápidas: 2
Voltas completadas: 8.651
Total de colocações
Quarta colocação: 1
Quinta colocação: 3
Sexta colocação: 6
Sétima colocação: 7
Oitava colocação: 11
Nona colocação: 6
Décima colocação: 9