Em 19 de maio de 1996, somente três pilotos viram a bandeira quadriculada nas ruas de Monte Carlo. Olivier Panis, da Ligier, David Coulthard, da McLaren, e Johnny Herbert, da Sauber, foram os sobreviventes de uma corrida caótica debaixo de chuva.


Os primeiros abandonos aconteceram logo na primeira volta. Jos Verstappen, pilotando a Footwork, foi o primeiro a abandonar ao bater no muro. O segundo foi Fisichella, à bordo de sua Minardi. Schumacher também não deu uma volta sequer. O alemão bateu na entrada da curva Portier, quando perdeu o controle de sua Ferrari.

Na volta 35, Jacques Villeneuve tentou uma ultrapassagem pra cima de Eddie Irvine, na curva Loews, e quase tirou o piloto da Ferrari da corrida.  Como se não bastasse, Villeneuve causou outra colisão, desta vez na volta 60, com Luca Badoer. O canadense tentou a ultrapassagem na Mirabeau, mas dessa vez acabou tirando o adversário e ele mesmo da corrida.

Na volta de número 71, um abandono triplo. No mesmo lugar onde Schumacher bateu, Eddie Irvine acabou rodando, causando um acidente triplo com Mika Salo e Mika Hakkinen, que também abandonaram.

Os três brasileiros, Rubens Barrichello, Ricardo Rosset e Pedro Paulo Diniz também não conseguiram terminar a prova. Os dois primeiro acabaram rodando, enquanto Diniz teve problemas com sua caixa de câmbio.

Ao final da corrida, Olivier Panis, da Ligier, cruzou a linha de chegada em primeiro, figurando uma das maiores zebras da Fórmula 1 moderna. O francês jamais voltou a ocupar o primeiro lugar, nem mesmo por uma volta. As únicas voltas lideradas de sua carreira foram as 16 em Monaco. Ele deu à Ligier a nona e última vitória na F1 e tornou-se o 85º piloto a vencer um GP no Mundial.