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Ágatha e Bárbara lutam, mas caem para dupla alemã e ficam com a prata no Vôlei de Praia

Brasileiras não evitam erros e consistência de dupla alemã, mas quebram jejum de oito anos sem uma dupla brasileira entre as duas primeiras; Melhor dupla do mundo quebra sequência de Walsh e May nas areias

Ágatha e Bárbara lutam, mas caem para dupla alemã e ficam com a prata no Vôlei de Praia
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Por Diego Luz

A quinta-feira começou prateada para o Brasil. Na grande final do vôlei de praia feminino, a dupla brasileira Ágatha e Bárbara encararam a melhor dupla do mundo, as alemãs Ludwig e Walkenhorst. Num duelo marcado por um primeiro set equilibrado e com segundo set com mais erros brasileiros, as alemãs se deram melhor e conseguiram o primeiro ouro do país na modalidade feminina.

Nem a festa das areias de Copacabana foi capaz de reverter ou ajudar a dupla brasileira. Com parciais de 21/18 e 21/14, a dupla da Alemanhã fechou o duelo em 2 sets a 0 e quebraram a impressionante sequência que Walsh e May, dupla americana, tinham. Eram três edições olímpicas com ouro das estadunidenses.

O Brasil acumula mais uma prata. Em seis edições da modalidade, apenas duas vezes não tiveram uma dupla brasileira entre as duas primeiras. Ágatha e Bárbara, no entanto, conseguiram um enorme feito. Além de levarem a prata, ficarão marcadas por eliminarem Walsh e Ross, favoritas para irem à final.

Após o ouro e a prata na estreia oficial em Atlanta-96, novas medalhas vieram, mas nenhuma dourada. Desde Pequim que não tínhamos uma dupla na final, feito alcançado com Ágatha e Bárbara, em suas primeira participação numa Olimpíada.

Cada ponto, uma guerra

A qualidade das duas duplas eram nítidas nos rallys que aconteciam. Era uma batalha pra colocar a bola na areia. A alta categoria para atacar encontrava uma forte cobertura por trás dos bloqueios. O saque alemão fazia mais efeito no time brasileiro, mas Ágatha compensava com ótimos bloqueios.

No meio do primeiro set, um momento mais complicado. Com uma sequência de saque que entrou na recepção e bom bloqueio de Ludwig, as alemãs abriram 17/13, dando uma apreensão. O vento, graças ao tempo fechado que se formou, variava a forma de atacar e o saque era muito influenciado.

A vantagem foi bem administrada e a dupla da Alemanha pouco errava. Era hora da torcida entrar. Mas Walkenhorst seguia distribuindo bons ataques e virando os pontos. As defesas da Bárbara eram fundamentais para manter a dupla viva no primeiro set, mas a boa vantagem alcançada foi mantida e fechada em 21/18, com pouco mais de 20 minutos de jogo.

Muitos erros brasileiros e confirmação do favoritismo alemão

O começo alemão foi ainda melhor do que o fim do set anterior. Somado a isso, Ágatha passou a errar mais, não conseguindo conectar bons ataques e sem fazer bons levantamentos. Isso fez a diferença, na medida em que Walkenhorst, com 1.84m dominava a rede, fechando muito bem os espaços.

A vantagem chegou a ser de ser 15/9, mas aos poucos a dupla brasileira se encaixou e passou a virar mais pontos. Com 16/12 para a dupla europeia, o sonho ainda era mantido, já que a partida ficou mais equilibrada. Só que a vantagem e a qualidade alemã eram altas. A troca de pontos favoreceu a dupla alemã. Ágatha novamente não conseguiu fazer o levantamento e o vento deixava a situação brasileira ainda pior.

O favoritismo foi finalmente concretizado com um erro de saque brasileiro, fechando o segundo set em 21/14, em pouco mais de 25 minutos, encerrando o torneio e dando a glória para a dupla da Alemanha. No final da festa, o público foi bem bacana ao comemorar, festejar e ter orgulho com mais uma medalha de prata.

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Sobre o autor
Diego Luz
De video game à política. Lendo tudo,ouvindo bastante e vivendo com base naquilo que acho certo. Muito prazer.