Espanha enfrenta o Uruguai mirando a conquista que falta

Espanhóis falharam em 2009, e Copa das Confederações é a única taça a qual eles ainda não puseram as mãos

Espanha enfrenta o Uruguai mirando a conquista que falta
Xavi e Iniesta são os motores da Espanha na busca pelo título inédito (Foto: Reprodução)
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Por Pedro Pedroso

A 5 anos atrás a Espanha era uma seleção que havia ganhado apenas uma Eurocopa, e que prometia muito mais do que cumpria. Hoje é a melhor seleção do mundo, e vem de 3 conquistas seguidas, Euro 2008, Copa de 2010 e Euro 2012. No meio deste caminho uma Copa das Confederações, a de 2009, quando caiu nas semifinais para os EUA, dando fim a uma sequência de 35 jogos invicta.

A Fúria, que agora faz jus ao apelido, chega na Copa das Confederações para fazer os últimos ajustes em sua equipe. Del Bosque ainda tem algumas dúvidas e vamos esmiuçá-las agora.

Temporada conturbada de Casillas abre competição pela camisa 1

A primeira disputa é pela camisa 1, com a temporada conturbada de Casillas no Madrid, a seleção abriu uma intensa disputa pela titularidade entre Valdés, Reina e o próprio Iker. Vicente Del Bosque ainda não confirmou quem será o titular para a estréia contra o Uruguai, mas o esperado é que o capitão Casillas jogue.

A lateral direita é outra dúvida para o bigodudo, Arbeloa e Azpilicueta disputam a vaga. O primeiro é conhecido por guardar mais a posição, por ser um jogador tático. Características opostas as de Azpilicueta, o jovem lateral do Chelsea se destaca pela forte presença ofensiva.

A eterna dúvida: jogar com centroavante ou um falso nove?

A maior disputa está no ataque, Del Bosque convocou 3 atacantes, Soldado, Torres e Villa. Normalmente o titular é David Villa, maior artilheiro da história da seleção, mas não vem jogando como 9 no Barcelona, geralmente faz o lado esquerdo do ataque. Torres é o iluminado, depois de um começo terrível no Chelsea, finalmente vem voltando ao normal e naturalmente esperado. Já Roberto Soldado fez ótima temporada pelo Valencia, hoje é o atacante mais consistente que a Fúria tem à disposição.

A Espanha tem dois desfalques importantes, Puyol, que teve uma temporada difícil com as lesões. E Xabi Alonso, que chegou esgotado ao fim do calendário europeu. Duas peças da espinha dorsal que estão na seleção desde o ciclo da Euro 2008. Sergio Ramos e Javi Martínez devem ser os substitutos naturais, com Javi podendo perder a posição para Busquets.

Capacidade de recuperação e conhecimento do adversário

La Fúria já mostrou saber jogar sob pressão, nas eliminatórias européias bobeou perante a Finlândia, dentro de casa, e o empate por 1 a 1 poderia ter complicado o caminho até a Copa de 14. Empate que fez a Espanha buscar os 3 pontos no confronto seguinte, contra a França, dentro de Paris.

Espanha e Uruguai se encontraram a 4 meses atrás, num aperitivo da estréia deste domingo, jogo disputado em Doha, no Qatar. Vitória espanhola por 3 a 1. Mas não leve o resultado como sinal de uma estréia fácil. A Espanha costuma se complicar nas estréias, e o Uruguai sempre carrega o espírito de superação.

Recife acolheu a seleção espanhola e a aclimatação tem sido tranqüila, mesmo com alguns problemas de logística. É um teste não só para o país, mas também para a atual campeã mundial, pode ser o começo do fim, ou a afirmação de uma era que já entrou para a história.

Espanha deve ir a campo com:

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Sobre o autor
Pedro Pedroso
Editor de La Liga no VAVEL. Um apaixonado pelo Atlético de Madrid, pela Espanha e consequentemente pelo futebol. Admirador de torcidas fanáticas, clubes históricos e jogadores folclóricos. Colunista do www.futebolespanhol.com.br