A Itália tem dono, um dono muito possessivo e egoísta. Ou melhor, uma dona: a Vecchia Signora. Neste sábado a Juventus escreveu mais uma página da história, batendo o Milan na prorrogação para erguer o troféu da Copa Itália 2015/16.

Com gol do sempre decisivo Álvaro Morata no segundo tempo dos 30 minutos adicionais, a Juve acabou por levar outra taça no futebol da Bota. Nos dois últimos anos, o clube apenas venceu tudo o que disputou em solo italiano.

"Devo parabenizar os garotos pelo que fizeram. Também o clube, que trabalhou bem, e os torcedores. Vencer não era fácil, foi um belo Milan - sobretudo no 1º tempo", comentou Allegri, que dá volta olímpica no estádio Olímpico de Roma pelo segundo ano seguido; a Juventus também levou a última Copa Itália. "No segundo tempo nós jogamos melhor, as finais se jogam assim. Você deve ser determinado e ter sorte. Eu tive ambos nas substituições", tratou de seguir o técnico.

De fato, Massimiliano acertou a mão nas alterações. Fora Cuadrado e o brasileiro Alex Sandro, que já entraram bem, Morata marcou o gol da conquista alguns segundos depois de pisar no gramado - com assistência de Cuadrado. Em relação ao mercado de transferências, Allegri não quis arriscar coisa alguma. Em destaque está o caso de Morata, que pode deixar Turim a partir de agora. "Não dá para falar de mercado agora, nós ainda precisamos aproveitar a festa", disse.

"Para quem dedico a vitória? Para minha família e as pessoas que me cercam. Este clube tem uma tradição específica, luta sempre pelos títulos. Devemos nos concentrar no sexto scudetti (consecutivo) e em fazer uma grande Champions", prosseguiu o comandante bianconero. Desde que chegou a Turim, em meados de 2014, Allegri já faturou cinco títulos: duas vezes a Copa Itália, duas a Serie A e uma vez a Supercopa Italiana.