O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi citado em uma investigação da justiça italiana com possível ligação a máfia local. Em janeiro deste ano, o dirigente e alguns funcionários do clube bianconero passaram a ser investigados pela Procuradoria da República de Turim em razão da gestão dos ingressos do Juventus Stadium, que poderia ter participação de pessoas relacionadas ao círculo criminal e algumas irregularidades legais.

Nesse sábado (18), algumas destas pessoas foram notificadas a responder judicialmente as acusações de integração com o crime organizado do Belpaese, entre elas o cartola Agnelli. Segundo ele, no entanto, nada será comprovado contra a Vecchia Signora. “Este clube, seus dependentes e eu não temos nada a esconder ou temer. Por isso estou falando com vocês [jornalistas], ainda que por poucos minutos”, disse Agnelli pouco tempo após saber da acusação.

“Nos últimos meses, funcionários da Juventus, com a minha confiança, colaboraram com a Procuradoria da República como testemunhas, como parte de uma investigação ligada ao crime organizado. Essa condição não mudou, éramos testemunhas e permanecemos assim até o fim da investigação. Hoje, ao invés de se limitar a contestar possíveis irregularidades na venda dos bilhetes, a Procuradoria emitiu um documento no qual o meu nome e dos nossos funcionários recebem um papel de colaboração com o crime organizado”, falou.

“Tudo isso é inaceitável, fruto de uma leitura tendenciosa e preconceituosa contra a Juventus. Não responde à lógica da justiça. Me defenderei, defenderei os nossos funcionários e, sobretudo, defenderei o bom nome da Juventus, que muitas vezes já foi enlameado pela justiça esportiva".

"Por razões óbvias não vou responder sobre a medida agora, é justo fazê-lo frente à justiça esportiva. Como escrevi há alguns dias, nunca conheci chefes da máfia. Como todos sabem, porém, já conheci todos os tipos de fãs, como grupos ultras, mas foram atividades feitas às claras e acho que faz parte dos deveres de um presidente”, disse Andrea.

“Por fim, o núcleo da diretoria, formado por mim, Pavel Nedved, Giuseppe Marotta e Fabio Paratici, não mudará”, tratou de enfatizar o comandante.