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Governo determina retorno das competições futebolísticas na Itália em 20 de junho

Reunião entre dirigentes das ligas e autoridades no país levaram em consideração a grande redução nos casos e óbitos causados pelo coronavírus e autorizaram o retorno dos jogos com total respeito às normas de prevenção e segurança; calendário pode ser antecipado caso Coppa Italia ocorra uma semana antes 

Governo determina retorno das competições futebolísticas na Itália em 20 de junho
Foto: Divulgação/Serie A
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Por Taynã Melo

A Itália sofreu bastante os efeitos do coronavírus e a tristeza foi compartilhada por todo o mundo. Foram mais de 230 mil pessoas contaminadas e 33.142 mortes causadas pela Covid-19. Porém, o quadro pandêmico mais intenso passou e aos poucos o país volta a ter um pouco de liberdade, após as estatísticas apontadas pelas autoridades de saúde indicarem que a virose perdeu força. E o futebol pode servir como termômetro e ânimo para o povo italiano. Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (28), o futebol vai voltar a ser realizado na Terra da Bota a partir do próximo dia 13 de junho.

Participaram do encontro o Primeiro-Ministro Giuseppe Conte, o Ministro do Esporte Vincenzo Spadafora, o presidente da Federação Italiana (FIGC) Gabriele Gravina, o presidente da Serie A Paolo Dal Pino e o presidente da Serie B Mauro Balata. O assunto foi o momento da saúde italiana e um possível retorno das atividades, uma vez que os clubes já realizam treinamentos com seus jogadores. Durou pouco mais de uma hora, com a decisão favorável para todos, mas com alerta máximo permanente, de acordo com as falas de Spadafora após o evento.

“Como dissemos desde o primeiro momento, a Itália está começando de novo e é justo que o futebol comece de novo porque existem todas as condições de segurança e porque os Centros de Treinamento estão bons. A Serie A recomeça no dia 20 de junho e existe a possibilidade de que as semifinais e a final da Coppa Italia possam ser disputadas nos dias 13 e 17 de junho. Seria um bom sinal, pois você poderia assistir a três jogos importantes em campo na televisão aberta. Seria realmente um benefício para todos os italianos. Mas os contatos com as emissoras que detêm os direitos de transmissão estão em andamento e as primeiras conversas foram positivas. Veremos em quais termos e se chegará a um acordo a confirmação para fazer com que os italianos vivam essa recuperação do campeonato com paixão e evitando conflitos”, explicou o Ministro do Esporte.

Foto: Divulgação/Serie A
Foto: Divulgação/Serie A

Os protocolos no retorno do futebol na Itália serão bem semelhantes ao que são adotados e estão em pleno funcionamento na Alemanha. Não haverá presença de torcedores e o estádio ficará restrito à capacidade máxima de 300 pessoas, divididas entre elenco, comissão técnica, dirigentes de clubes, imprensa e funcionários dos clubes. Não haverá cerimônia de protocolo inicial. Cada equipe vai chegar ao estádio, entrar e sair do campo separadamente. Além disso, o distanciamento nas comemorações de gol e nas conversas com o árbitro deverá ser respeitado, com máscaras utilizadas pela comissão técnica e reservas, que ficarão nas arquibancadas próximas ao campo e não no banco de reservas.

Vincenzo Spadafora explicou que existem outros sistemas de disputa caso algo anormal aconteça e que todas as situações imaginadas são trabalhadas em conjunto com FIGC e as Ligas. Por exemplo, caso um jogador apresente teste positivo ao coronavírus, todo o time entra no regime de quarentena, mas os treinamentos poderão ser realizados sem a presença do contaminado. Para isso, há um plano B e um plano C.

“Conversei com o Primeiro-Ministro Giuseppe Conte, que expressou sua satisfação com a solução unificada encontrada junto ao mundo do futebol. Perguntei à Federação de Futebol se havia esclarecido o fato de que, caso a emergência de saúde retornasse com curvas de contágio diferentes das atuais – algo que não esperamos, o campeonato deve ser suspenso novamente. A FIGC me garantiu que existe um plano B, baseado em playoffs, e um plano C, o congelamento da tabela. Isso não cabe a mim, mas caberá à FIGC estudar as soluções alternativas em 4 de junho. Os Centros de Treinamento das equipes confirmaram hoje a necessidade indispensável da quarentena de no caso de um jogador apresentar teste positivo, o que claramente não esperamos. Também temos a garantia de que os caminho que as equipes realizarão não irá prejudicar os direitos dos italianos. A reunião com todos os membros, a quem agradeço pela colaboração, foi muito útil”, concluiu.