Em má fase na LaLiga, em que já está oito pontos atrás do líder Barcelona, o Real Madrid chega ao Mundial de Clubes da FIFA repleto de desfalques. O time de Carlo Ancelotti tem seis baixas confirmadas para a estreia contra o Al-Ahly, do Egito, nesta quarta-feira (8), entretanto, algumas desses peças poderiam voltar a tempo de uma possível final contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita, que venceu o Flamengo na semifinal.
O clube não se reforçou na última janelas, agora, chega juntando os cacos ao Mundial de Clubes. Antes de todos esses problemas, o treinador Carlo Ancelotti explicou essa falta de ação do Real Madrid na janela de transferências de inverno, confira:
“Não fomos ao mercado de inverno porque não precisamos. Se você planeja bem seu elenco no verão, então não precisa usar o mercado de inverno. Quando você assina com algum jogador em janeiro quer dizer que algo aconteceu”, afirmou o comandante.
A fala de Ancelotti faz sentido quando se trata de um elenco de qualidade como o do Real, que vem de uma temporada vitoriosa. Porém, o técnico não contava - e ninguém pode prever - com esse sequência de problemas físicos logo no início de 2023, que causou uma queda de rendimento na equipe Merengue.
Os desfalques e provável time
A equipe enfrentará o Al-Ahly com as seguintes baixas: Courtois, Militão, Vázquez, Mendy, Hazard e Benzema. O possível onze inicial dos Merengues para enfrentar os egípcios é o seguinte: Lunin; Carvajal, Nacho, Rüdiger e Camavinga (Alaba); Tchouaméni, Modric e Kroos (Ceballos); Valverde (Asensio), Vinicius Júnior e Rodrygo.
Thibaut Courtois e Karim Benzema, são os únicos desfalques que são dúvidas para uma possível final, o restante estão descartados da disputa do Mundial.
A difícil fase Merengue
As mudanças do Real Madrid campeão da Champions sobre em maio de 2022, para o que se prepara para o Mundial foram poucas, porém, não são tão sutis. Rüdiger e Tchouaméni chegaram na pré-temporada com expectativas altas, mas a equipe perdeu um pilar crucial no meio de campo: Casemiro, que foi negociado ao Manchester United por 70 milhões de euros, aos 30 anos.
Restou apenas Kroos e Modric do histórico trio que venceu diversas Champions com o Real. Porém, aos 37 anos, o croata está passando por um processo natural de precisar de mais descanso, algo que o próprio treinador reitera nas entrevistas coletivas. Após a Copa do Mundo, o camisa 10 nunca mais foi titular por duas partidas consecutivas.
Com esses descansos para o Modric, formaram-se então, em determinados momentos, duas lacunas no elenco. O problema é que com um elenco curto virou algo problemático. Primeiro porque Valverde – que seria uma das opções no meio – muitas vezes atua como atacante.
Camavinga que seria outra opção para o meio de campo, precisou ser deslocado para a lateral esquerda com as ausências de Mendy e Alaba – sendo que o austríaco hoje atua muito mais zagueiro que lateral. Algo que ilustra as dificuldades é o fato de Ancelotti não ter repetido a mesma escalação nenhuma vez em 2023.
A falta de contratações também complica a equipe no sistema ofensivo, por exemplo, Vini Júnior e Benzema formam uma das melhores duplas de atacantes do futebol europeu hoje, mas as reposições deixam a desejar. Asensio e Rodrygo brigam pela terceira vaga no ataque – que as vezes entra em disputa com Valverde –, porém, outros dois só fazem número no elenco: Eden Hazard e Mariano Díaz. Na ausência do atual dono de Benzema, uma nova improvisação acaba sendo necessária.
É claro que os problemas muitas vezes fogem da alçada, mas confiar demais em seu elenco enxuto pode custar caro ao Real Madrid nesta temporada. Com apenas 14 pontos conquistados nas últimas nove rodadas do Espanhol, o time merengue já vê o Barcelona abrir uma larga vantagem, isso depois de perder a Supercopa da Espanha para o maior rival.
Após a disputa do Mundial de Clubes, o Real Madrid ainda jogará a Copa do Rei, onde enfrenta o próprio Barcelona na semifinal, e a UEFA Champions League, onde encara o Liverpool pelas oitavas. A disputa do mundial pode ser essencial para um momento de retomada na temporada ou até mesmo um combustível para aumentar a crise.