O técnico Marcelino García Toral, novo treinador do Valencia, foi apresentado oficialmente hoje pelo clube e concedeu sua primeira entrevista coletiva. O treinador expôs sua forma de trabalho, seu estilo de liderança e suas intenções à frente da equipe.
Asturiano de 51 anos, García Toral já deixa impressões de ser disciplinador: “O desafio me motiva. Sou trabalhador, exigente, gosto da ordem, da disciplina e do compromisso. Os jogadores devem estar dispostos a se comprometerem com a ideia de ser ambiciosos. Sem exigência, humildade, compromisso, solidariedade e ambição é impossível conseguir resultados positivos. Estes valores são imprescindíveis para defender a camisa do Valencia”, declarou.
Marcelino também fez questão de reconhecer o bom trabalho feito por Voro e agradecer ao ex-treinador, que assumiu a equipe de forma interina e conseguiu recuperá-la, após passar por um péssimo momento: “Quero destacar o trabalho de Voro e agradecer sua participação nos últimos meses. É um homem leal e merece o reconhecimento de todos quando deu um passo à frente”.
Com relação às novas contratações e mudanças na equipe, Toral não escondeu o seu posicionamento, deixando bem claro de que haverá grandes alterações: “Tem que haver mudanças, não temos uma varinha mágica. Tem que mexer com os jogadores que pertencerem ao plantel para que tenham compromisso, ambição para trabalhar e competir e que o valencianismo se sinta orgulhoso deles. Temos que reconstruir o time de forma intensa. Haverá uma mudança muito ampla para fazê-la mais poderosa”.
Toral foi mais cauteloso e preferiu adotar um discurso mais conservador, quando o assunto foi conquistas e títulos: “Não posso me limitar a palavras, tem que seguir um processo, primeiro reconstruir para depois construir. Temos que fazer um time competitivo e ganhar a primeira rodada, depois a segunda. Falar de junho quando estamos em maio do ano anterior, vamos passo a passo, que cada um seja firme e sem erro”.
Sendo o quinto treinador a comandar a equipe desde que o empresário Peter Lim comprou o clube, em outubro de 2014, Marcelino chega com confiança e sabendo que os seus métodos combinam com a filosofia da diretoria. Após três anos à frente do Villarreal, foi demitido por uma má relação com os jogadores. Agora, espera poder reconstruir a equipe e ficar “no mínimo dois anos”, dando alegrias à torcida.