Se teve um jogador protagonista na vitória do São Paulo sobre o Novorizontino por 2 a 0, com certeza foi o meia Michel Bastos que além de marcar um gol, foi alvo de um 'apitaço' da torcida organizada do Tricolor e a 'torcida comum' por sua vez, apoiava o jogador com gritos.
E após a partida, o camisa sete do Tricolor contou um pouco como tem vivido essa situação, revelando já ter passado por situações e que vai fazer o seu máximo para que as vaias se transformem em vaias: "Não vou mais rebater, cada um age como quer. Nesse momento, eu só posso, tenho que pensar em ajudar a equipe, trabalhando muito e fazendo aquilo que sempre fiz. Já passei por situações piores na minha carreira. A torcida que hoje está vaiando, amanhã estará aplaudindo, se Deus quiser.", salientou o meia que marcou o primeiro gol do time.
O jogador também mostrou preocupação com os boatos que tem surgido sobre ele, já que seu filho de 9 anos vem sendo questionado na sua escola e isso deixou Michel Bastos um tanto magoado: "Surgiram muitas coisas sobre mim e o meu filho de nove anos vai à escola e os colegas dele ficam perguntado se eu faço realmente essas coisas. É complicado, vou procurar falar menos e jogar mais.", desabafou.
Michel Bastos chegou ao São Paulo em 2014 e após alguns jogos ruins e algumas expulsões, começou a jogar bem com até então treinador Muricy Ramalho e entrou nas graças da torcida. Mas já no fim de 2015, as coisas começaram a mudar quando após um gol contra o Sport no Morumbi, fez o gesto de 'cala a boca' para a torcida.
Entretanto, começou 2016 como capitão do clube, mas após a polêmica da greve de silêncio motivada por atraso no pagamento dos direitos de imagens dos jogadores, foi considerado como 'erva daninha' por um assessor da presidência do clube, através de uma rede social e desde então, a torcida organizada tem pegado no pé do meia.