Apesar da eliminação, Jorginho enaltece atuação do Vasco: “Até o fim não se perdeu”

Treinador falou do espírito do time em campo e das lesões dos jogadores que aconteceram no decorrer e as vésperas do confronto

Apesar da eliminação, Jorginho enaltece atuação do Vasco: “Até o fim não se perdeu”
(Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br)
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Por André Andrade

O sentimento não para mesmo com o Vasco. No jogo de volta da Copa do Brasil, que aconteceu nesta segunda-feira (16), o Gigante venceu o Bahia por 2 a 0, em São Januário, mas não evitou a eliminação no torneio para a próxima fase.

Os gols de Pikachu e Andrey, animaram ainda mais a inflamada e fiel torcida vascaína, que tinha lotado o treino na véspera da partida e fez bonito novamente no dia do jogo, apoiando a equipe até depois do apito final. O técnico Jorginho, exaltou a equipe pelo empenho na partida.

"A gente não conseguiu, mas quero parabenizar nossos atletas pela entrega e pela disciplina tática. Até o fim a equipe não se perdeu taticamente, continuou organizada.(...)Voltei para o segundo tempo quase num 3-5-2. Tivemos algumas oportunidades, fomos felizes em algumas conclusões. Acho que estamos no início de um trabalho, já vejo resposta muito grande da equipe na organização. Tem que ter sangue nos olhos e vibrar. Eu vi isso”, disse o treinador, que completou falando sobre o apoio da torcida do gigante da colina.

"Satisfação de ver a torcida comprando a ideia e ajudando. Não é simples ter quase 5 mil torcedores no estádio (no treino aberto) em dia de final da Copa do Mundo", completou .

Com todos os requisitos para uma partida emocionante, o que mais se viu foi uma luta entre jogadores que queriam apenas apresentar um espetáculo de bola contra atletas que foram para cumprir as regras jogar com a vantagem que tinham. A equipe bahiana foi duramente criticada pelos jogadores e comissão técnica do Vasco pela cera feita desde o apito inicial da partida. O treinador vascaíno falou sobre essa cultura e que os responsáveis por contribuir para o fim disso tudo, seriam os próprios técnicos.

"Foi um absurdo. Algo que precisa ser coibido, até mesmo por nós, treinadores. Temos que falar sobre isso. Atrapalhou demais. Tivemos mais dois minutos de acréscimo, mas não jogamos.(...) Uma coisa é jogar com o regulamento embaixo do braço, outra é demasiadamente fazendo cera, atrasando o jogo. O Anderson, goleiro, caiu pelo menos três vezes. (...) Eu fui atleta. Isso está enraizado na nossa cultura. Trabalhei em outros países e vi a questão da disciplina, não ludibriar o adversário. Faz parte deles. Não que a gente não vá jogar com o regulamento, agora o tempo todo jogador simulando lesão... Foi absurdo", pontuou Jorginho.

Com toda entrega durante os 90 minutos de jogo, o expresso da vitória teve alguns problemas de lesão até mesmo antes da partida. Lenon foi um dos primeiros a ser cortado por uma lesão na panturrilha, dando lugar a Kelvin na ponta e recuando Pikachu para a lateral. Durante a partida, Ramon, Rafael Galhardo e Breno foram motivos de preocupação para o departamento médico vascaíno que já trabalha para avaliar o grau do incomodo da lesão dos atletas. Sobre isso, Jorginho comentou e justificou as alterações dos jogadores.

"Lenon sofreu contusão num treinamento extremamente leve que fizemos. Batendo pênalti, ele sentiu no último pênalti, um estiramento no anterior da coxa. Infelizmente, para piorar, ainda tivemos problema do Galhardo. (...) Ramon saiu por precaução, sentiu embolar um pouco (a posterior da coxa). Galhardo foi trauma na cabeça, sem lesão muscular. (...) Em termos de contusões, não estou muito preocupado. Pelo que conversei com o Ramon, não foi nada absurdo. Galhardo foi uma queda, não tem problema. Temos preocupação com o Breno, graças a Deus não foi nada com o joelho", explicou o comandante.

Sem tempo para lamentar a eliminação, o Vasco volta as suas atenções para o Campeonato brasileiro onde, na quinta-feira (19), enfrenta o Fluminense, em São Januário, às 20h. Sobre o campeonato, o Jorginho falou da dificuldade que serão os jogos mas que, se depender da torcida, os jogadores se sentirão mais acolhidos e farão o "fator casa" ser essencial, nesse momento.

"Temos que estar com os pés no chão, sabendo que vamos enfrentar jogos dificílimos. Deu para demonstrar que a equipe está muito bem organizada, equilibrada. Equipe se defende muito bem, consegue construir o jogo. Ainda pecamos um pouco na virada de jogo.(...) Sabemos o quão importante é conquistar os pontos em casa. Esse jogo foi fundamental para que a gente entenda que aqui é nossa casa. Temos que nos sentir assim, acolhidos e amados. A torcida deu um show hoje. Por isso, fiz questão de levar os jogadores", finalizou o treinador.