Dança das cadeiras alviverde: Felipão será o quinto técnico da era Galiotte

Scolari fará sua terceira passagem como técnico do Palmeiras, que não fica um ano inteiro com o mesmo treinador desde 2013

Dança das cadeiras alviverde: Felipão será o quinto técnico da era Galiotte
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Por Matheus Moraes

Luis Felipe Scolari, o Felipão, está de volta ao Palmeiras. Um dos técnicos mais vitoriosos da história do clube, Scolari chega para sua terceira passagem no comando alviverde, com a missão de melhorar o rendimento da equipe  até então treinada por Roger Machado.

Não é novidade que no futebol brasileiro a paciência com os técnicos seja curta. Em uma cultura futebolística imediatista como a nossa, erros não costumam ter grande tolerância e projetos são sacrificados junto do treinador, que é substituído por outro, com a esperança que haja uma melhora instantânea. O Palmeiras não foge desta regra.

Em pouco mais de um ano e meio desde que Maurício Galiotte assumiu a presidência do clube, Scolari será o quinto treinador diferente a comandar o Palmeiras.

No início de 2017, Eduardo Baptista foi o primeiro da lista, mas com o fantasma de Cuca, o então campeão brasileiro, o rodeando, não durou muito. O próprio Cuca veio para substituir Eduardo, mas eliminações na Libertadores e Copa do Brasil e apostas em um 'Cucabol' decadente fizeram-no ser demitido. Alberto Valentim, auxiliar do clube, assumiu e levou o Palmeiras ao vice-campeonato brasileiro, mas não foi efetivado no cargo e deixou o clube. Roger Machado então assumiu com grandes pretensões para 2018, mas a amarga derrota  para o rival Corinthians na final do Campeonato Paulista e uma notória queda de rendimento do time custaram sua saída.

Reconhecidamente com um dos elencos mais qualificados do país, o Palmeiras e o torcedor palmeirense almejam grandes conquistas, o que aumenta a pressão sobre o comandante da comissão técnica do clube. Roger Machado foi demitido com um aproveitamento que beirava 70% e vivo nos dois mata-matas que disputava, a Copa do Brasil e a Libertadores, onde teve, inclusive, a melhor campanha da competição continental na fase de grupos.

Não é de hoje, porém, que essa dança das cadeiras acontece no comando alviverde. Nos últimos dez anos, o Palmeiras teve 14 técnicos diferentes, e o último que conseguiu ficar um ano inteiro no cargo foi Gilson Kleina, em 2013.

A volta de Felipão dividiu opiniões entre os palmeirenses. Se por um lado parte da torcida queria a permanência de Roger e a continuidade de seu projeto, outra parte também aprovava o retorno de Scolari, por ter um perfil de técnico experiente, identificado com o clube e respeitado dentro dele.

Felipão é o segundo técnico que mais dirigiu o Palmeiras, com 408 jogos comandados, atrás apenas de Oswaldo Brandão. O técnico esteve presente em algumas das conquistas mais importantes da história do clube, como a Copa Libertadores de 1999, a Copa Mercosul de 1998 e um bicampeonato da Copa do Brasil, em 1998, durante sua primeira passagem, e em 2012, na segunda.