Depois de passar por uma lesão grave no ligamento do joelho em 2017, uma ano após ser integrado ao elenco profissional do Botafogo, Gustavo Bochecha começa a ganhar seu espaço na equipe. Titular em três dos últimos cinco jogos, o volante deve ser mantido entre os onze que iniciarão a partida contra o Fluminense, às 16h (de Brasília), no Maracanã.
Sobre a estreia em um dos estádios mais importantes da história do futebol, Bochecha foi breve e mostrou-se tranquilo e preparado. Tímido, mostrou-se ser um homem sereno e de poucas palavras.
"Por mim eu nem vinha aqui (risos). Estou me acostumando, mas é bom começar a falar. Se eu for jogar, sim. Mas tranquilo, estou acostumado".
Com o técnico Zé Ricardo, o jogador vem tendo uma sequência pela primeira vez no alvinegro. Pupilo de Alberto Valentim - hoje treinador do Vasco -, Bochecha comentou sobre a pressão da torcida e enfatizou que os próprios atletas cobram resultados melhores dentro de campo.
"A gente se cobrou bastante após o jogo contra o Grêmio. Fizemos uma boa partida ontem e infelizmente não conseguimos vencer. Agora tem o clássico que sempre é detalhe, mas o grupo está focado e evoluindo".
"Normal, o torcedor paga ingresso e tem direito de cobrar. Ontem fizemos um bom jogo. A torcida, lógico, quer sempre a vitória. Estamos evoluindo e vamos dar alegrias para ela".
Ao sacar Leo Valencia do time titular, Zé instaurou um esquema com três volantes: Rodrigo Lindoso, Jean e Bochecha. Perguntando sobre essa nova formatação do glorioso, o jovem de 22 anos analisou como fica o padrão de jogo e não garantiu a manutenção para o clássico de domingo.
"Muda pouca coisa. Com a bola a gente fica com três volantes praticamente. Sem a bola, eu adianto um pouco mais, o Lindoso também...".
"Questão de formação é o professor que decide. Cada jogo é uma estratégia, ontem a equipe encaixou bem. Se precisar jogar assim de novo no domingo, vamos jogar".
Por fim, Bochecha falou sobre o empate contra o Cruzeiro na última quarta. De acordo com ele, o Botafogo buscou a vitória e não obteve os três pontos por detalhes.
"Falta sorte. Mas também foi mérito do Fábio. Teve uma bola muito perto do gol, muito rápida, e ele conseguiu defender. Criamos, mas não conseguimos vencer. É caprichar um pouquinho mais que o gol vai sair".