A chegada do técnico Marcelo Cabo veio com desconfiança dos torcedores do CRB pelo que o treinador fez no arquirrival CSA recentemente, com dois títulos conquistados pelo Azulão. Agora do lado vermelho, tal sentimento poderia ser diminuído se reconduzisse o time ao caminho das vitórias, mas o time não apresentou um desempenho merecedor e novamente deixou a massa regatiana na bronca.
Em jogo disputado na noite desta terça-feira (15) no Estádio Rei Pelé, em Maceió, e válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B 2019, CRB e Operário Ferroviário ficaram no empate sem gols. Com o resultado, as duas equipes permanecem iguais na tabela de classificação. Têm 40 pontos e 11 vitórias, mas o Regatas leva a melhor no saldo de gols (2 a -7). Os alagoanos não vencem há seis rodadas e ambos veem as possibilidades de acesso à Série A irem cada vez mais ao espaço.
Os times entram em campo neste fim de semana. O CRB enfrenta o Criciúma no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma/SC, às 19h15 dessa sexta-feira (18). Por sua vez, o Operário recebe o São Bento no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa/PR, às 19 horas do sábado (19).
Primeiro tempo em que nada foi visto
O jogo em si foi de pouca qualidade técnica, mas o primeiro tempo disparou na falta de competência das equipes em produzir um confronto atrativo. Nos primeiros 20 minutos, o Operário se deu o trabalho apenas de saber como o adversário ia atuar, como se postaria nas quatro linhas. O CRB não oferecia nenhum perigo e o desempenho de ambos era contraproducente. Foram apenas três lances que o torcedor do Regatas até chegou a ficar animado, mas o gol não saiu.
Aos 25 minutos, Claudinei iniciou e armou jogada de contra-ataque e tocou para Alisson Farias. O principal jogador do Galo perdeu o tempo da bola e a zaga paranaense fez o corte para a linha de fundo. Nos minutos finais, Léo Ceará tentou resolver a parada. Aos 41, o centroavante cobrou falta com chute rasteiro e goleiro Rodrigo Viana apenas torceu para não entrar. Aos 44, nova finalização do camisa 9. Com mais perigo, tirou tinta da trave, mas não balançou as redes.
Segundo tempo mais aberto, porém sofrível
O movimento dos times no início da etapa complementar parecia dar a impressão de que seriam 45 minutos completamente diferentes dos que foram vistos na parte inicial. Aos dois minutos, Elton mandou a bola na área e Léo Ceará, com total liberdade, desviou de cabeça para fora. A resposta e primeira boa finalização do Operário veio aos cinco, quando Uilliam foi acionado e finalizou por cobertura. A bola bateu na trave e o placar não foi aberto por muito pouco.
Porém, a intensidade foi um ledo engano. Os visitantes estavam completamente satisfeitos com o resultado, não tinham pressa na saída de bola e faziam o que estava dentro das possibilidades para cadenciar o jogo a seu favor. Do outro lado, os mandantes não correspondiam aos pedidos e às exigências da torcida, que queria ver um CRB dominante, que encurralasse o adversário e exercesse pressão necessária para vencer. Mas faltava algo semelhante ao tempero em uma comida ou uma vitamina para fazer o corpo ter disposição e se exercitar. Por mais que Marcelo Cabo realizasse modificações e deixasse o Galo com quatro atacantes, o jogo era sofrível de ver.
Assim como no primeiro tempo, o Regatas teve três chances na metade final. Na primeira, aos 29 minutos, Alisson Farias fez boa jogada dentro da área e chutou rasteiro; o goleiro Rodrigo Viana evitou a abertura do placar com o pé direito. No minuto e na jogada seguinte, Alisson Farias arriscou novamente, mas Edson Borges cortou. Na sobra, Elton encheu o pé de fora da área e nova defesa do arqueiro do OFEC. Nos acréscimos, Edson Cariús completou cruzamento feito por Israel com perigoso desvio de cabeça. Mas hoje não foi dia da bola entrar.