Na última quarta-feira (18), o São Paulo conseguiu o que muitos achavam que era improvável. O Tricolor concluiu as quartas de final da Copa do Brasil 2020 com duas vitórias ante o Flamengo. O segundo jogo, um categórico 3 a 0 no Morumbi, viu um segundo tempo de gala do escrete paulista. Agora, a equipe comandada por Fernando Diniz enfrentará, na semifinal, o Grêmio de Renato Gaúcho. E eles têm muito em comum, de acordo com o treinador são-paulino.

Os dois treinadores são os que estão há mais tempo a frente de um grande clube no Brasil. Fernando Diniz, desde outubro de 2019. Renato Portaluppi comanda o Imortal desde 2017. E o são-paulino falou sobre pressão em treinadores no futebol brasileiro. 

"Não acho que vai mudar. O Renato Gaúcho não está lá por ser longevo, está lá porque chegou e já ganhou. A Copa do Brasil, depois a Libertadores, depois chegou nas semifinais da Libertadores e venceu os estaduais. No São Paulo é um exemplo mais prático e assertivo que o Grêmio. Nesse ano aqui eu tive muitos momentos de pressão. Mas aí teve uma diretoria. Ficamos cada vez mais juntos e fortes para que as coisas acontecessem. O São Paulo é um exemplo que quando tem algo que você acredita tem que manter", destacou o técnico.

Força do elenco

Não foi apenas sobre a pressão em treinadores que Fernando Diniz falou na entrevista coletiva. Os comentários negativos feitos ao elenco do SPFC após as eliminações no Campeonato Paulista e na Libertadores e Sul-Americana também foram importantes para que os atletas se fechassem entre si, de acordo com o treinador.

"Os jogadores foram os mesmos e foram defendidos porque merecem. São os mesmos jogadores e estão sendo elogiados porque são bons. Quando perdeu, eles não eram ruins.  normal era o time se destroçar e mudar tudo. Aquilo que tem no futebol brasileiro. No São Paulo a gente conseguiu criar mais laços mais fortes com a pressão que vinha de fora. Hoje o time responde bem no campo por conta daquilo que soube passar juntos nos momentos ruins. Um time mais junto, coeso, de jogadores que gostam de conviver juntos. E sabem que sempre tem que fazer o melhor. Trabalhar no São Paulo, tem que trabalhar sob pressão. Nos momentos mais agudos de pressão soubemos nos unir, sabíamos o que queríamos e sabíamos a força que tínhamos. Isso vai diminuir a pressão externa, mas temos que trabalhar como trabalhamos até aqui", finalizou Fernando Diniz.