ANÁLISE: Impactos do calendário vão além das lesões no São Paulo

Disputar uma partida a cada 48 horas não apenas prejudica a recuperação física dos jogadores, mas também dificulta o estudo sobre o adversário

ANÁLISE: Impactos do calendário vão além das lesões no São Paulo
Maratona de jogos prejudica o São Paulo a estudar seus oponentes (Foto: Divulgação/SPFC)
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Por Tática Didática

O São Paulo, assim como os principais times paulistas, está sofrendo com o impacto do calendário absurdo do futebol brasileiro. A paralisação do Campeonato Paulista em virtude da pandemia da Covid-19 e não adiamento do final da competição fazem os clubes jogarem, praticamente, a cada 48 horas. 

Em termos de fisiologia isso é absurdo. Num futebol em que os atletas correm em média de 10 a 12 quilômetros por partida e que tem um jogo muito mais físico, a recuperação é praticamente impossível. Só que o impacto da maratona vai além das lesões, como as de Daniel Alves, Luciano e Éder. 

Também temos que pensar na preparação para os confrontos. Como Hernán Crespo e sua comissão técnica vão ter tempo de estudar os adversários se a cada 48 horas há uma partida. É interessante refletir sobre isso. Não podemos achar que é fácil fazer uma análise tática, encontrar padrões de jogo e pensar em soluções para vencer o confronto. Isso exige tempo. E o São Paulo não tem. 

Pelas redes sociais, vimos muitas críticas de torcedores por causa do empate diante do Racing. Muitos disseram que parece que o São Paulo não estuda o adversário. E que por isso joga da mesma forma acreditando que a vitória virá. 

No vídeo que deixamos acima, debatemos sobre a relação entre maratona de jogos e a falta de estudo do adversário. Assista, reflita e deixe sua opinião.