Após a partida na primeira rodada da fase de grupos, onde o Brasil venceu a Sérvia por 2 a 0, nem tudo se confirmou como flores, festa e alegria na Seleção Brasileira. Com a lesão de Danilo, em uma posição chave e carente na Seleção, e de Neymar, o melhor jogador e camisa 10 da equipe, ficou a dúvida: quem entraria no lugar dos dois jogadores.

Os dois tem a mesma lesão: entorse no tornozelo. Neymar no direito e Danilo no esquerdo. Os dois devem ficar fora até o final da fase de grupos e retornar ao time nas oitavas de final da Copa do Mundo, caso o Brasil consiga a classificação para essa fase da competição.

Então a dúvida que fica é a do primeiro parágrafo deste texto: quem serão os jogadores que entrarão nos lugares dos dois lesionados? Existem variadas opções em ambas as posições, que apresentaremos abaixo.

Lateral-direita e as críticas a Daniel Alves

Qualquer pessoa que tenha uma rede social passou por alguém criticando a convocação de Tite para a Copa do Mundo. O principal foco do desgosto dos torcedores foi Daniel Alves. O lateral-direito reserva foi uma surpresa na convocação por não estar jogando e apenas treinando nos últimos meses, diferente de muitos outros candidatos à vaga.

Daniel agora pode ter uma chance no time titular com a lesão de Danilo. Isso mudaria um pouco o esquema de jogo da Seleção, pois Danilo está mais para algo como um ‘lateral-zagueiro pela direita’ do que efetivamente um lateral que passa para a linha de fundo o tempo todo, algo que Daniel Alves também faz, além de ser um lateral construtor, mas que não faria a posição de zagueiro.

Entrando então nessa situação tática, aparecemos aqui com a outra opção para a defesa: Éder Militão. O zagueiro já desempenhou a função de lateral no Real Madrid e na própria Seleção, mas apresenta características de zagueiro para a posição, como menos chegada de construção no ataque, mesmo se assemelhando mais com a função de ‘terceiro zagueiro’ do que Daniel poderia fazer.

Uma perda enorme no meio e no ataque

Perder o melhor jogador do time seria uma situação catastrófica para qualquer seleção mundial. Dentro de uma Copa do Mundo essa perda se agravaria muito mais. Se uma pesquisa fosse feita com a pergunta: ‘sem o melhor jogador da sua seleção, as chances de título caem?’ a resposta seria com toda certeza perto de 100% para o ‘sim’. E com o Brasil isso não é diferente, apesar da força coletiva dos comandados de Tite. Neymar fará falta, mas existe vida sem ele na equipe. Mais difícil de se jogar, sem a liderança técnica, mas ainda existe.

E Tite apresenta duas opções diferentes para o lugar do camisa 10 na equipe canarinho: Fred e Rodrygo. Uma mais ‘conservadora’ e a outra mais ‘ousada’. Uma onde o ataque com quatro jogadores ficaria, outra onde mais um meio campista é colocado em pauta.

Na opção com Fred isso mudaria não só a peça no lugar de Neymar, mas também a posição de Paquetá. Fred tem sido um meio campista que joga atrás da linha de meias no United, com chegada ao ataque, então entraria justamente na função de Paquetá, que pode jogar mais à frente no meio, com mais chegadas na área e construção do que quando tem Neymar como companheiro pelo centro. Além de essa opção também dar mais compactação e força no meio de campo, mas com perda na chegada ao ataque.

Rodrygo por outro lado, no Real Madrid, tem feito uma função de atacante, mas sem ser o camisa nove, com movimentações e, principalmente neste ponto da função em campo: criação de jogadas. Neymar não era um meia por todo o tempo e sim um segundo atacante, função esta que Rodrygo desempenha em seu clube. Logicamente um atacante à mais tiraria força, no quesito físico da palavra, do meio de campo, mas manteria o esquema do primeiro jogo e também daria mais um jogador para chegar ao ataque com os atacantes.

Perda técnica independente da escolha

Tite já tem seus escolhidos para os lugares de Danilo e Neymar, mas é inegável que a perda técnica desses jogadores será sentida pela Seleção. O segredo é fazer com que quem entre se encaixe no esquema e no pensamento coletivo da Canarinho com facilidade para o jogo fluir. Com a entrada de Daniel, Fred deveria ser o escolhido para balancear o meio de campo e poder cobrir as subidas do lateral de 39 anos.

Com a entrada de Militão, Rodrygo deveria ser o escolhido para aproveitar uma defesa mais forte do Brasil com um jogador a mais no ataque, deixando ‘os garotos brincarem’. Tudo será respondido pouco antes das 12h desta segunda-feira, na escalação oficial, mas o objetivo de ser a única seleção hexacampeã do mundo segue vivo, apesar dos desfalques que, ao que parecem, são a curto prazo.