A primeira partida de semifinal feminina do BNP Paribas Open ocorreu na noite da última sexta-feira (15). Jogando na quadra 1, a #6 Elina Svitolina jogou contra a canadense #60 Bianca Andreescu, que venceu a maratona de 2h15 contra a ucraniana pelas parciais de 6/3 2/6 e 6/4.

Depois da estrondosa vitória em cima de Garbiñe Muguruza, a jovem de 18 anos chegou para sua partida de semi-final com a moral elevada e com uma ótima vantagem: passou muito tempo a menos dentro de quadra que a ucraniana - que vinha de três partidas de três sets (uma delas sendo a partida mais longa da temporada).

O ritmo inicial da primeira parcial surpreendeu aos que esperavam que o clima pegasse fogo já nos momentos iniciais. Andreescu sofreu duas quebras se serviço diretas e em pouco tempo esteve com 0/3 de desvantagem no set. A canadense aproveitou o tempo entre games para por as ideias no lugar e foi aí que começou a oferecer força total. Venceu seis games seguidos, sem dar muitas chances para a experiente adversária.

Em 32 minutos pode-se perceber que a tática de jogo adotada por Svitolina era a de ficar na defensiva e esperar para que Bianca atacasse - o que a canadense fez, e sem dó. Andreescu disparou dez winners e cometeu 15 erros não-forçados na parcial; Elina marcou apenas duas winners e fechou com sete erros não-forçados.

Apesar de fazer bonito na primeira parcial, Andreescu apagou na segunda, depois de perder um tremendo rali de 30 shots. A canadense passou a errar muitas bolas e não soube fazer bem em momentos importantes. Svitolina não precisou de muito para quebrar o serviço da jovem em três ocasiões (games dois, quatro e oito).

A segunda parcial, que apesar de mais curta no quesito placar (2/6), foi mais longa no quesito tempo (41 minutos) serviu para mostrar que no duelo entre experiência e força bruta, muitas vezes o que pesa mais é a experiência.

Na parcial de desempate, Andreescu voltou para o jogo. A canadense passou a pensar mais antes das bolas e, apesar de cometer muitos erros típicos de sua idade, também viu a experiência de Svitolina falhar em momentos surpreendentes. Bianca passou a acertar backhands e principalmente forahands em todos os cantos da quadra e dificultou a vida de Elina, que não podia fazer muita coisa além de ficar na defensiva e esperar a bola vencedora ou o erro não-forçado sair da raquete da adversária.

O terceiro set durou exatos 60 minutos e contou com três quebras de serviço, duas delas (games um e sete) beneficiando a canadense, que só foi capaz de fechar a partida no quarto match point que teve - graças a erro não-forçado de Elina. Ao todo Bianca disparou 36 winners e cometeu enormes 57 erros não forçados, um número que ficou equilibrado com as 14 winners e 29 erros não-forçados da ucraniana.

Andreescu apresentou dificuldade com o primeiro serviço e precisou optar em muitas ocasiões ao segundo, onde saiu-se, apesar das ótimas devoluções de Elina, com uma boa margem de pontos vencidos: 50%.

Logo depois do caloroso handshake na rede da quadra principal do torneio, Bianca foi ao banco, onde não pode conseguiu evitar as lágrimas. Ao levantar, foi fazer sua pequena entrevista pós match e, entre muitas coisas, disse: "Obrigada [por não interromper meu momento no banco]. Eu precisava de um segundo para entender o que aconteceu."

"Eu não tenho nada a perder na final.

Só quero desfrutar"

Bianca Andreescu tem muitos motivos para estar orgulhosa de si mesma no momento: alcançará o maior ranking da carreira na próxima atualização (segunda-feira 18) fará a maior final de sua carreira nas quadras do WTA Mandatory de Indian Wells com a vencedora do confronto entre #8 Angelique Kerber e #23 Belinda Bencic e, como se fosse pouco, se torna a primeira WC da história do torneio a chegar à final.