Em meio às brigas políticas envolvendo os governos da Espanha e da Catalunha – uma das comunidades autónomas do país -, o futebol também vira tema e pode ser um grande afetado ao final da história.
Isso porque a Catalunha quer realizar no próximo mês um referendo visando se tornar independente da Espanha. O governo espanhol foi à justiça contestando a constitucionalidade do ato e espera a decisão.
Em caso da separação ser aprovada, um novo país seria formado e, assim sendo, o Campeonato Espanhol seria diretamente afetado. E o presidente da Liga de Futebol Profissional (LFP), Javier Tebas, já se pronunciou a respeito do caso e foi bastante incisivo ao afirmar que “os clubes catalães, se este processo avançar, não poderão jogar no que se trata de Espanha”.
Por outro lado, Gerard Esteva – presidente da União das Federações Esportivas da Catalunha e do Comitê Olímpico Catalão – declarou que “em uma Catalunha independente o Barça teria a sorte de poder escolher em que liga jogar”.
Tebas rebateu: “Eu acho que este senhor está enganando a todos os catalães como em boa parte deste processo separatista. Se houver um processo unilateral não poderão jogar a Liga Espanhola. Espero que esta ilegalidade não siga adiante”.
Barcelona e Las Palmas se enfrentam no dia 1º de outubro, a mesma data do referendo, e a Liga já deixou claro que não vai alterar a data da partida: “Não vamos mudar nenhum horário por um tema de ilegalidade, para nós é um domingo normal. O Nástic também joga no domingo e não vamos mudar estes horários, a não ser por medidas de segurança do governo da Espanha”.
Ao que parece a briga, que já dura algum tempo, está longe de chegar a um desfecho. Nem politicamente, nem no âmbito esportivo as partes estão em acordo e o futuro é incerto. Já se estudam a possibilidade da criação de uma liga catalã de futebol e, no caso do Barcelona, até uma mudança para a Liga Francesa já foi especulada, mas nada que poderá se confirmar em breve, ainda tendo muita coisa pra acontecer.