Mais preparada e evoluída em relação ao fim do século passado, a seleção venezuelana vem crescendo a cada competição. Das últimas quatro edições da Copa América, a Venezuela avançou em três delas — antes disso, só se classificou outra única vez. Invicta há sete partidas e com um bom retrospecto recente diante da Argentina, a Vinotinto já não entra com medo dos hernanos para confronto das quartas nesta sexta-feira (28), às 16h, no Maracanã.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta (27), o treinador venezuelano Rafael Dudamel demonstrou confiança em sua equipe, mas também respeitou os argentinos.

"Este tipo de jogo gera maior expectativa, e nosso time é consciente da dimensão do jogo. Independentemente da realidade do presente, damos valor ao nosso rival por sua qualidade individual e nível competitivo. Enfrentar a Argentina, bicampeã do mundo, que em seu elenco tem, na minha opinião, o melhor jogador do mundo, pode ser o jogo mais importante da nossa história."

"Estamos fortalecidos por vir em uma linha ascendente de rendimento. E sentimos com muita qualidade e respeito que estamos preparados para fazer um jogo lindo e conseguir os pontos para a semifinal."

Vale lembrar que a Venezuela não perde para a Argentina há três jogos. A Vinotinto conseguiu dois empates pelas Eliminatórias para a Copa da Rússia e uma vitória por 3 a 1 em amistoso disputado em março deste ano, em Madri. Mesmo tendo conseguido parar Messi nos dois últimos jogos entre as seleções, Dudamel mantém os pés no chão e a humildade.

"Há um plano coletivo para esse jogador diferente, para que se possa travar ao máximo as suas qualidades, dentro de nossa capacidade. Não sou o treinador que desenvolveu uma estratégia para contê-lo, não somos nós que vamos fazê-lo. Temos que conter a Argentina de Messi jogando bem futebol, cumprindo as faces do jogo defensiva e ofensivamente, como um time que é competitivo para enfrentar as semifinais."

Sem dizer o time titular

Dudamel não revelou a equipe que começará jogando diante da Argentina. Citou o estudo que cada seleção faz da adversária.

"Com todo o respeito, não costumo dar a formação antes dos jogos, prefiro que saibam primeiro meus jogadores, e isso acontece horas antes do jogo. Qualquer treinador analisa o rival, e a Argentina avalia nossas posições, rendimento e características. E temos um pensamento sobre o que podem fazer e estamos preparados para um plano B, C e D. Daqui para frente não há mistério."

"Haverá momentos de pressionar e de segurar."

Completando o tema de estilo de jogo, o treinador venezuelano antecipou a postura da Vinotinto nos minutos iniciais.

"Os primeiros 15 minutos devem ser fundamentais para nós, para marcar território, na demonstração de caráter, na firmeza das decisões. O rival tem que sentir desde o começo que viemos para ganhar. Que o rival sinta que tem uma grande dificuldade pela frente. Sabemos o quão duro será o jogo, em um cenário memorável, para uma tarde para recordação, que temos que aproveitar. Haverá momentos de pressionar e de segurar, isso é de acordo com os momentos emocionas do jogo."

Quem vencer desse confronto encara o classificado de Brasil e Paraguai nas semifinais. Canarinhos e guaranis jogam nesta quinta-feira (27).