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Com volume de jogo e falta de precisão, Itália e Holanda apenas empatam pela Nations League

A intensidade dos italianos durou os 90 minutos de partida, até a metade da segunda etapa quando as duas seleções diminuíram  a velocidade e jogaram com cautela, porém sem eficiência.

Com volume de jogo e falta de precisão, Itália e Holanda apenas empatam pela Nations League
Foto: Divulgação/Seleção da Itália
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Por Lucas Monteiro

Na tarde desta quarta-feira (14), a Itália empatou por 1 a 1 com a Holanda, no Estádio Atleti Azzurri d'Italia, pela quarta rodada da Nations League, com gols de Pellegrini para os Azzurris e de Van de Beek para a Laranja Mecânica. Com o resultado, a Itália chegou a seis pontos e está na 2ª colocação, enquanto a Holanda chegou a cinco pontos na 3ª colocação do Grupo A.

Formação tática

A Itália, de Roberto Mancini, entrou em campo no 4-3-3, com quatro jogadores de defesa começando por D’Ambrosio, Bonucci, Chiellini e Spinazzola. O meio-campo foi formado com um tripé composto por Barella, Verratti e Jorginho, sendo o primeiro meia de criação e mais dois volantes na mesma linha.

O ataque foi formado por Chiesa, Immobile na área e Pellegrini pelo lado esquerdo. Em sintonia, a Itália fez uma breve marcação por zona e como todo 4-3-3 que apenas deixa um dos alas adversários livres pela grande dificuldade do mesmo receber uma inversão de bola, para isso ocorrer, precisaria de uma bola longa com precisão antes do defensor chegar a tempo.

A Holanda, de Frank de Boer, entrou em campo no 3-5-2, formando três zagueiros fixos, compostos por De Vrij, Van Dijk e Aké, permitindo que os laterais Blind e Hateboer se tornem alas e avancem conforme o time caminha com a bola nos pés. Sem a bola, os zagueiros laterais precisam cobrir os espaços cedidos pelos alas durante a transição ofensiva.

Foto: Divulgação/Seleção da Itália
Foto: Divulgação/Seleção da Itália

E foi dessa forma que a seleção holandesa se comportou durante a primeira etapa, contando com erros de marcação na própria área, mas com uma válvula de escape pelo lado esquerdo com Blind e também no meio-campo com Wijnaldum, F. de Jong e Van de Beek. E os atacantes, Memphis e L. de Jong cobrindo a área italiana.

Itália teve mais fome de jogo

O primeiro tempo até a metade foi da Itália, com uma participação ativa pelo lado direito de D’Ambrosio e Chiesa, o último mais apagado, porém com piques e toques de bola precisos, a fim de chegar a linha de fundo e cruzar para o atacante central Immobile na área. 

No entanto, com as mesmas falhas defensivas da Holanda, o Azzurri cometeu erros de reposição permitindo com que a Laranja Mecânica pudesse produzir oportunidades pelo lado esquerdo com Blind e Memphis mais aberto com a bola. 

Durante a primeira etapa, houveram quatro chances de perigo para os italianos e duas para os holandeses. No placar de finalizações para o gol, a goleada italiana era certa. Entretanto, a Holanda soube consertar a reposição da bola pelo lado esquerdo com Aké mais avançado quando Blind não estava presente.

A Itália abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo quando o meia Barella, sendo visualizado pela marcação por encaixe da Holanda, encontrou com uma enorme qualidade espaço na área central da defesa com Pellegrini, praticamente isolado de frente para o gol de Cillensse. Não deu outra, o camisa 7 avançou, recebeu a bola por cima e tocou com qualidade no canto esquerdo do goleiro holandês que não teve o que fazer.

Foto: Divulgação/Seleção da Itália
Foto: Divulgação/Seleção da Itália

A Holanda reagiu nove minutos depois, aos 24', após a lambança da defesa italiana que não afastou o lance de perigo e acabou permitindo com que houvesse bate e rebate dentro da própria área, até que Memphis ajeita a bola, tenta finalizar, mas a bola sobra para Van de Beek que estufa com precisão no canto esquerdo de Donnarumma sem piedade.

Holanda voltou com atitude, mas sem eficiência

E foi dessa forma que as seleções caminharam para o segundo tempo, quando a Holanda voltou com mais atitude e agrediu a defesa italiana, porém sem eficiência. Méritos para a bela defesa postada da Itália que afastou quase todo o perigo provocado pelo adversário, sem contar a falha defensiva durante o gol de empate. Fora este lance, as duas defesas foram primordiais para não permitirem um placar elástico, principalmente para os italianos.

A marcação por zona foi benéfica para o lado da Itália, porque com a Holanda, o lado direito durante a segunda etapa foi o lado mais atingido. A substituição de Chiesa por Kean aumentou o poder ofensivo da Itália, agredindo a todo momento com chegadas à linha de fundo e cruzamentos para os atacantes, porém, sem eficiência também.

A partir dos 25 minutos do segundo tempo, as seleções foram modificadas e a intensidade diminuiu conforme os jogadores ficaram cansados. A Laranja Mecânica se tornou reativa, ao contrário do Azzurri, que apesar do cansaço e das substituições que alteraram a forma de jogar, os italianos continuaram ofensivos e foram para o abafa.

Foto: Divulgação/Seleção da Itália
Foto: Divulgação/Seleção da Itália

Com apenas duas substituições durante os 90 minutos, o técnico Frank de Boer pareceu estar satisfeito com os titulares, exceto pelo lateral-esquerdo Blind que foi substituído pelo zagueiro Veltman, e Memphis sendo substituído pelo experiente Babel.

A Holanda terminou com quatro zagueiros e com o placar no empate precisando de gols para sair com os três pontos cruciais, enquanto a Itália terminou a partida com Florenzi, lateral-direito, no lugar do atacante Pellegrini e o volante Locatelli substituindo Verratti no setor de criação.

A posse de bola terminou em 50% para os dois lados, com o adendo do volume dobrado no ataque italiano, agredindo a defesa holandesa que pouco saiu da própria área e teve muitas dificuldades na recomposição. O empate não foi justo pela força ofensiva italiana, mas a ineficiência das seleções determinou o resultado.

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