Após muita polêmica entre as seleções europeias e a FIFA sobre a braçadeira da One Love (em apoio a comunidade LGBTQIA+). Antes do início da partida entre Alemanha e Japão na manhã desta quarta-feira (23), os jogadores germânicos cobriram a boca com as mãos para a foto oficial do time, essa atitude foi uma forma de protesto contra a entidade que organiza a Copa do Mundo.
Antes do início da partida, havia a expectativa sobre a utilização da braçadeira pelo capitão Manuel Neuer, mas o goleiro acabou entrando com uma faixa escondida por baixo da manga de sua camisa.
Estantes após o início da partida, a Federação Alemã (DFB) se pronunciou através de uma nota oficial e confirmou que Neuer não utilizou a braçadeira da One Love, assim, explicando os motivos da decisão da não utilização.
Wir wollten mit unserer Kapitänsbinde ein Zeichen setzen für Werte, die wir in der Nationalmannschaft leben: Vielfalt und gegenseitiger Respekt. Gemeinsam mit anderen Nationen laut sein. Es geht dabei nicht um eine politische Botschaft: Menschenrechte sind nicht verhandelbar. 1/2 pic.twitter.com/v9ngfv0ShW
— DFB-Team (@DFB_Team) November 23, 2022
Assistente checando a braçadeira
Como Manuel Neuer havia escondido sua braçadeira por de baixo da camisa desde o momento da entrada da seleção em campo, o bandeirinha pediu para verificá-la enquanto o goleiro se aquecia para o jogo. Confira a imagem do momento abaixo.
Entenda o contexto da polêmica
Esta mesma manifestação, iria ser acompanhada pela Alemanha e por outras seleções e, isto virou uma queda de braço com a FIFA, já que a entidade anunciou uma campanha em parceria com a ONU que prevê a exibição de mensagens humanitárias com outro foco nas braçadeiras. A ação está sendo entendida por algumas seleções como tentativa da entidade de sufocar o protesto por trás da faixa com as cores do arco-íris.
A expectativa era de que pelo menos sete seleções europeias utilizassem a braçadeira da One Love (um movimento criado no futebol holandês, em defesa dos direitos humanos). Na Copa do Mundo no Catar, tornou-se símbolo de principal importância nas manifestações pelos direitos dos trabalhadores imigrantes e das pessoas LGBTQIA+, por conta das leis homofóbicas vigentes no país sede da competição.
Manuel Neuer era um dos capitães que tinham a pretensão se utilizar a braçadeira, e o presidente da Federação da Alemanha afirmou que estava disposto a pagar todas as multas necessárias para fazer críticas ao Catar. Porém, nas vésperas da competição a FIFA decidiu que aplicaria punições desportivas, como cartão amarelo, aos jogadores que estivessem envolvidos.
A falta de informações de como funcionaria essas sanções, fez com que as seleções dessem uma pausa neste movimento. O técnico da seleção alemã Hansi Flick, falou na coletiva pré-jogo sobre o assunto.
“Observe pouco antes do primeiro jogo de Inglaterra e Holanda, foi quando essa decisão de repente foi comunicada e não tivemos tempo de reagir. E essas associações decidiram em detrimento dos jogadores, tirando a responsabilidade de seus ombros e é por isso que a situação é o que é agora”, disse o técnico.
A braçadeira ‘One Love’ estava por lá
Nancy Faeser, representante do governo alemão na partida diante ao Japão, estava utilizando a braçadeira banida pela FIFA. Confira no tweet abaixo.
🇶🇦 | 🇩🇪 Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha, usa braçadeira banida pela FIFA em apoio ao movimento LGBTQIA+.
— Eixo Político (@eixopolitico) November 23, 2022
Ela é a representante do governo alemão na partida entre Alemanha e Japão. pic.twitter.com/nrTG1iSvbl