Após toda solidariedade com os brasileiros diante do desastre aéreo acontecido com o time da Chapecoense, poderemos dizer que o Atlético Nacional é o Brasil no Mundial de Clubes 2016. O clube colombiano é o maior campeão do campeonato nacional com 15 conquistas, e esse ano se consagrou pela segunda vez campeão da Libertadores.

O clube de Medellín ainda declarou que jogará a competição e buscará o título em homenagem a equipe catarinense. Seus torcedores também conhecidos como verdolagas, já tiveram a chance de ver o seu clube numa final de Mundial, em 1989.

Na final, enfrentaram o grande Milan de Baresi, Van Basten e cia. Após um 0 a 0 no tempo normal, acabaram derrotados na prorrogação por 1 a 0, ficando com o vice-campeonato.

Vaga

o Atlético fez uma libertadores brilhante, com simplesmente dez vitórias, três empates e uma derrota em 14 jogos, tendo o melhor ataque e a defesa menos vazada da competição.

Na primeira fase os colombianos passaram fácil com 16 pontos conquistados, num grupo onde tinha Huracán, Peñarol e Sporting Cristal. Nas oitavas por irônia do destino, enfrentaram o Huracán novamente. Após empate na Argentina por 0 a 0, o Atlético conseguiu a vaga a vaga em casa, jogando no estádio Atanasio Girardot, e derrotando os argentinos por 4 a 2. Já nas quartas veio o momento mais difícil da competição.

Após ser derrotado na Argentina por 1 a 0, o Atlético necessitava vencer o Rosário Central por dois gols de diferença na Colômbia. Mas viu sua situação complicar quando os argentinos abriram o marcador da partida. Numa situação incomum na competição, os colombianos foram para cima, e com uma grande partida do venezuelano Guerra, conseguiram virar o jogo. Mas só conseguiu o gol da classificação aos 49 minutos do segundo tempo, com Berrío, levando o Atanasio Girardot ao delírio após marcar.

Na semifinal o adversário foi o São Paulo, que conhece Libertadores como poucos. Mas após a expulsão de Maicon no Morumbi, brilhou a estrela do estreiante Miguel Borja, que marcou dois gols e deixou a equipe de Medellín com uma confortável vantagem para o jogo de volta. Em casa, viu um São Paulo lutando bravamente em busca de um milagre, mas novamente ele, Borja, decidiu o jogo com mais dois gols, decretando a vitória por 2 a 1 e carimbando a vaga para a grande decisão.

O adversário da final foi o modesto Independiente Del Valle, do Equador. No primeiro jogo fora, conseguiu o empate por 1 a 1, deixando a decisão para a Colômbia. Com a casa cheia, e a torcida empurrando, o Atlético Nacional conseguiu a vitória com gol do iluminado Miguel Borja, e se consagrou bicampeão da competição.

O craque - Miguel Borja, atacante

Escolher um entre tantos grandes jogadores é uma tarefa difícil, mas com certeza decisivo Miguel Borja é a cereja do bolo do Atlético Nacional. O jovem atacante de 23 anos que até o começo do ano jogava no modesto Cortuluá, da Colômbia, encaixou como uma luva na equipe.

O atacante que além de forte, ainda tem uma grande aceleração e um chute quase mortal, disputou 42 partidas no ano com a camisa do antigo clube e do Atlético Nacional, e marcou incríveis 32 gols. Após um baita ano, o colombiano foi exaltado pelo , presidente do clube, o senhor Juan Carlos de la Cuesta, o qual reconheceu que terá dificuldades em segurar o craque para 2017.

''É um jogador que trouxe muito valor ao clube e ao elenco. A contribuição dele para os títulos foi muito grande e temos ciência que alguns times estão de olho, mas vamos esperar e ver como o mercado se comporta no fim do ano'', confessou o mandatário.

Fique de olho - Alejandro Guerra, meia

O venezuelano de 31 anos foi peça fundamental na conquista da Libertadores desse ano. Guerra é um dos jogadores mais queridos da torcida, a qual reconhecem o valor do cérebro do time. Considerado um meia completo, por ocupar bem os espaços, conseguir jogar de volante, armador e ainda dar opções nas laterais, Guerra se tornou o primeiro venezuelano campeão da Libertadores.

Na campanha vitoriosa, o meia disputou 13 dos 14 jogos, marcando 3 gols. Como Borja, Guerra também vem sendo alvo de várias equipes do mundo, incluindo elas Santos e Palmeiras que já demonstram interesse no futebol do atleta que atua desde 2014 na Colômbia.

Treinador - Reinaldo Rueda

Com certeza muito do mérito na forma de jogar do Atlético Nacional em 2016 que encantou a América, se deve ao colombiano Reinaldo Rueda, de 59 anos. O treinador que começou em 1994 sua carreira no Cortuluá, já dirigiu seleções como a da Colômbia, Honduras, e mais recentemente a do Equador, antes de chegar no Atlético em 2014.

No comando da equipe, já são mais de 100 jogos e 3 títulos (Liga Colombiana, Super Liga e Libertadores). O treinador é referência na América do Sul hoje em dia, ainda mais após fazer um Atlético ofensivo e ao mesmo tempo com um grande poder defensivo, com alto capacidade de recompor rapidamente.

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