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Náutico e Santa Cruz apenas empatam no primeiro Clássico das Emoções na história Série C

Timbu foi melhor, mas não soube aproveitar as chances para matar o jogo; Santa melhorou após mudanças de Júnior Rocha

Náutico e Santa Cruz apenas empatam no primeiro Clássico das Emoções na história Série C
Foto: Renata Guerra/VAVEL Brasil
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Por Allan Lopes

No reencontro das equipes após o empate de baixo nível técnico no Pernambucano, Náutico e Santa Cruz ficaram novamente no empate na Arena de Pernambuco, desta vez por 1 a 1, em partida válida pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Ao contrário do jogo passado, o duelo de estreia dos times foi marcado por um jogo muito pegado e equilibrado, com um final digno de Clássico das Emoções. 

Havia uma expectativa sobre como seria o primeiro Clássico das Emoções da história em uma Série C. Pelo lado do Santa, como estaria o Mais Querido após a eliminação repentina do Estadual e a parada da Copa do Nordeste. Já o Náutico, havia uma dúvida como reagiria o time após ser praticamente eliminado da Copa do Brasil no jogo de ida contra a Ponte Preta. Foi visto uma partida com ambas as equipes buscando a vitória, mas reconhecendo as suas limitações. O resultado de empate acabou sendo justo pelo que os times apresentaram nos dois tempos.

Os clubes voltam a atenção para a 2ª rodada, que acontece no próximo fim de semana. O Náutico visita o Botafogo-PB, no Almeidão, no sábado (21) às 19h. Já o Santa recebe o Atlético-AC no Arruda, às 19h do domingo (22) 

Náutico é superior e sai na frente do placar

Como esperado, a partida começou muito equilibrada e truncada, com ambas equipes não conseguindo infiltrar na defesa adversária pelos vários erros de passe. A partir dos 20 minutos, o Náutico conseguiu ser mais efetivo na criação, principalmente pelo lado direito com Thiago Ennes. Aos 22, começou o que seria uma artilharia de bolas na trave de Tiago Machowski, com o cabeceio de Camacho após boa cobrança de escanteio de Jobson. Três minutos depois, Wendel bateu de chapa e a bola desviou em Leandro Salino, dando a direção mais uma vez para a trave tricolor. No escanteio em seguida, Ortigoza pegou a sobra, e usando o faro de artilheiro, mandou para o gol. 

Atrás do placar, o Santa buscou a iniciativa que demonstrou no início da partida, mas não se converteu em oportunidades. Robert, que é a esperança tricolor de gols nesta Série C, não correspondeu as expectativas e desperdiçou as unicas chances que teve, demonstrando falta de ritmo 

Santa acorda e arranca o empate 

No início da etapa final, foi visto um filme repetido: duas equipes sem criação, jogando no erro do rival. Jogadas de perigo apenas em bolas paradas ou cruzamentos. Foi assim que o Náutico assustou Machowski, aos 4 minutos em cobrança de falta de Jobson, surpreendendo os tricolores ao chutar rasteiro quando todos esperavam um cruzamento. O Timbu seguia a procura de um gol para ampliar o marcador. Aos 10, Ortigoza fez bela arrancada em direção a linha de fundo, cruzou para Robinho, mas o alvirrubro perdeu a passada e desperdiçou ótima chance.

Atrás no placar e com o Náutico superior, Júnior Rocha buscou mudar a dinâmica da partida, tirando Leandro Salino para a entrada de Augusto. Apesar de não construir chances efetivas, Augusto deu ao Tricolor mais velocidade e movimentação. Os alvirrubros teriam mais uma chance com Robinho aos 25, que chutou forte para a ótima defesa do goleiro coral. Logo depois, o treinador tricolor promoveu outra alteração: Geovani deu lugar a Jeremias. Mais rápido e com maior qualidade de passe, não demorou para o Santa, enfim, criar boas oportunidades. Aos 30 minutos, Fabinho fez jogada sensacional, driblou toda a defesa do Náutico, mas ficou indeciso no que fazer e errou o passe.

Porém, o Náutico ainda tentava matar o jogo. Em um chutão que virou lançamento, Wallace Pernambucano ganhou na corrida pela bola, mas acabou chutando em cima do goleiro. Wallace não sabia que depois viria a máxima mais conhecida do futebol: quem não faz, leva. Aos 37, Jeremias livre de marcação, chutou de fora da área sem chances para Bruno, empatando o clássico. Com o gol, visivelmente o Náutico sentiu o empate e permitiu o Santa buscar a virada. Já nos acréscimos, Augusto também chutou de longa distância e Bruno fez uma excelente defesa, dando aos alvirrubros um sentimento de alívio.