O Campeonato Paulista chega a seu fim e domingo (21) será conhecido o campeão de 2019. De um lado, o atual bicampeão do torneio, do outro uma equipe que deseja encerrar o jejum de títulos. Corinthians e São Paulo entram em campo às 16h na Arena Corinthians buscando a taça do Paulistão. No primeiro jogo a igualdade permaneceu, 0 a 0.

As equipes começaram o ano desacreditadas, após terminarem 2018 com resultados ruins e 2019 também não começou da maneira ideal, mas aos poucos as equipes se acertaram e cada um do seu jeito conseguiu chegar a tão sonhada final do campeonato, cabe a segunda partida decidir quem será o melhor.

Será o Corinthians buscando o tricampeonato do principal torneio estadual do país, ou o São Paulo encerrará o jejum de mais de seis anos sem títulos, 14 do último Paulistão?

Retrospecto favorável ao Timão

Quando o assunto é Campeonato Paulista o Corinthians trata com prioridade, afinal são 29 conquistas, o maior campeão estadual, seis deles apenas neste século. Por sua vez o São Paulo soma 21 títulos e é o quarto do estado no quesito. Se a análise for realizada apenas com títulos desde 2001 a história fica ainda pior, com um caneco conquistado em 2005.

Nas decisões em que Corinthians e São Paulo se enfrentaram a disputa fica acirrada, 3 a 3. O Timão levou a melhor em 1982, 1983 e 2003, enquanto o Tricolor venceu as disputas em 1987, 1991 e 1998. Portanto são 16 anos desde a última final de Campeonato Paulista entre os clubes, curiosamente a última do São Paulo no estadual, já que o título de 2005 foi conquistado na forma de pontos corridos. Uma curiosidade das decisões entre as equipes é que todos os 13 jogos, a ida e volta das seis decisões, mais o jogo de ida da edição atual, foram realizados no Estádio do Morumbi, palco de diversas decisões com e sem São Paulo, fato que acabou com a construção de novas arenas.

Nos últimos dez Majestosos a vantagem também pinta para o Alvinegro. São quatro vitórias corintianas, duas do São Paulo e quatro empates. No placar agregado, porém  a vantagem é mínima, 12 a 11. Levando em conta apenas as partidas na Arena Corinthians não tem discussão, foram dez jogos e sete vitórias do Corinthians mais três empates, o placar está 22 a 9. Assim o São Paulo pode quebrar um grande tabu, mas não será necessário para o título. Caso a disputa termine em mais um empate, as penalidades decidirão.

Seca de gols

Quem vencer no tempo normal leva a taça, mas após os resultados dos últimos jogos das equipes uma final decidida nos pênaltis não pode ser descartada.

Corinthians e São Paulo enfrentam uma grande seca de gols. O Timão está há quatro jogos sem balançar as redes. O Tricolor não marca há três. Pelos resultados o São Paulo leva a melhor, está há seis jogos sem perder. Já o Corinthians não ganha há quatro.

Sem Júnior Urso, com Avelar

O Corinthians se prepara com todas as forças para encarar a final, ou melhor, quase todas. O volante Júnior Urso dificilmente jogará a decisão devido a um incômodo na virilha. Na última quinta-feira (18) fez apenas tratamento no CT.

Já o lateral esquerdo Danilo Avelar voltou aos treinamentos após sentir dores no joelho esquerdo e poderá jogar a final. O zagueiro Manoel, poupado contra a Chapecoense, deve reforçar a equipe no jogo decisivo.

Vágner Love comentou sobre a final afirmando que o time tem condições de ser o campeão paulista de 2019.

"Vamos em busca do título, temos condições de ganhá-lo. É um clássico, o São Paulo tem uma grande equipe, mas temos que usar o fator torcida, que nos ajuda muito em casa. Vamos em busca disso, virar a chave. Temos que ir em busca do resultado, um gol nos dá o título. Estamos tentando fazer o nosso melhor. A gente tenta tabelar, tentamos jogar junto um com o outro. Às vezes o último passe é o que não estamos acertando, e acaba dificultando para criar as oportunidades."

Assim, mesmo que Fábio Carille esconda os titulares e tenha algumas dúvidas entre Richard e Ramiro, Jadson e Sornoza, o provável Corinthians terá: Cássio; Fágner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Richard, Vagner Love, Sornoza e Clayson; Gustavo.

Cuca segue com mistério na escalação; Liziero e Pablo estão fora

No São Paulo apenas uma baixa. O atacante Pablo foi submetido a uma cirurgia na região lombar e ficará em observação até o fim da semana. A lesão sofrida pelo atacante aconteceu no segundo jogo das quartas de final do Paulistão na vitória contra o Ituano, ele atuou no jogo seguinte contra o Palmeiras, mas não pode continuar em campo. O jogador pode parar por até dois meses e voltar após a Copa América. Liziero é outor que não jogará a final e Jucilei foi testado em seu lugar nos treinos dessa semana.

Hernanes, que após a lesão de Pablo pode ser um dos titulares no domingo (21), destacou a maturidade da equipe na fase final do torneio.

"Estamos disputando um jogo importante, podendo gravar novamente nosso nome na história do São Paulo. É para mostrar como a vida e o futebol são dinâmicos e não podemos desistir nunca. A equipe está num momento bom, jogando sem se preocupar demais, jogando apenas futebol. Tá ficando bonito. A cada jogo, a equipe está amadurecendo. Acho que não temos que nos preocupar com tabu, com passado e com futuro, e jogar como estamos fazendo, pra cima, com toque de bola e tentando fazer os gols."

Caso Cuca não apresente surpresas na equipe que enfrenta o Corinthians, o provável São Paulo terá: Tiago Volpi; Hudson, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Everton e Igor Gomes; Antony, Everton Felipe e Gonzalo Carneiro.

A arbitragem

Raphael Claus será o árbitro. Nesta semana ele esteve envolvido em uma polêmica na qual Clayson aparece xingando o juiz após a classificação nos pênaltis contra o Santos no dia 8. No Campeonato Paulista ele apitou três jogos do São Paulo (derrota para a Ponte Preta, empate contra o Palmeiras e vitória diante o Ituano) e dois do Corinthians (vitória sobre o Botafogo-SP e derrota para o Santos na semifinal). Ele será auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis, Marcelo Carvalho Van Gasse e Douglas Marques das Flores. O VAR ficará sob a responsabilidade de Thiago Duarte Peixoto, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral, Welton Orlando Wohnraht e Carlos Augusto Nogueira Júnior.