Retornando após seis anos, Wellington Nem se declara ao Flu: “Não tem alegria maior”

Atacante retorna ao Tricolor com vínculo empréstimo até o fim da temporada

Retornando após seis anos, Wellington Nem se declara ao
Flu: “Não tem alegria maior”
Foto: Mailson Santana/Fluminense FC
jessicaalbuquerque
Por Jéssica Albuquerque

O Fluminense apresentou nesta sexta-feira (19) no CT Pedro Antonio o atacante Wellington Nem, que retorna ao clube após seis anos. Em sua primeira entrevista, o jogador ressaltou a alegria de voltar ao clube.

A felicidade é imensa de poder vestir essa camisa. Já tínhamos tentado (voltar para o Fluminense) três ou quatro vezes e agora com muita batalha conseguimos. Não tem alegria maior”, disse.

Wellington Nem deixou o Fluminense em 2013, quando foi vendido para o Shakhtar Donetsk - ele ainda pertence ao clube ucraniano e chega ao Tricolor por empréstimo. O atacante revelou que nunca foi seu desejo se transferir para a Ucrânia.

O amor pelo clube é a minha maior motivação. Sou tricolor desde pequeno. Fui para a Europa com pensamento de estar aqui. Quando tive a proposta para ir para o Shakhtar, eu não queria. Chorei muito antes do jogo contra o Criciúma. Voltar é o amor pelo clube, pelo presidente e pelo Celso também, que conversaram comigo, que fizeram o projeto. Isso foi maior”.

O atacante revelou que não se sentia feliz no Shakhtar, principalmente por ficar longe da família, que, segundo ele, são tricolores. “No Shakhtar eu tinha tudo, menos o que eu mais prezo, que é a alegria. Aqui, tenho isso. Minha família está aqui, todos são tricolores e posso ficar perto deles. Chegaram outras coisas para mim, mas não aceitei porque queria voltar ao Fluminense. O que eu mais prezo na vida é a alegria e o amor”.

Ainda há a dúvida sobre qual número o atacante irá usar na camisa. Em sua passagem em 2012, o número utilizado era o 18, atualmente com Luciano. No entanto, o também atacante não decidiu seu futuro.

Vou esperar o que vai acontecer com o Luciano. Não sei se ele vai embora, estou por fora. Se ele for embora, vou querer jogar com a 18, foi marcante na minha vida, no Fluminense também. Vou esperar um pouco”.

Wellington Nem afirmou que chega muito bem, pois foi titular no Shakhtar, fazendo gols e dando assistências, mas ressaltou que ainda precisa de algumas semanas para poder fazer sua reestreia com a camisa Tricolor.

No Shakhtar fui titular, fiz gols, dei assistências. Joguei muitos jogos e não tive lesão desde que saí do São Paulo. Chego muito bem. Ainda não estou pronto, faltam umas duas semanas. Vamos conversar aos poucos com a comissão técnica para ver quando vou poder jogar”.

Sobre o estilo de jogo do treinador Fernando Diniz, o atacante lembrou que o Shakhtar tem a mesma forma de jogar. Além disso, Nem também contou que ainda não conversou com o novo comandante.

Para fazer gol e controlar o jogo, tem que estar com a bola. No Shakhtar a gente jogava desse jeito. Sempre ficamos com a bola e tentamos rondar a defesa adversária. Ainda não conversei muito com ele, mas estou muito ansioso para começar a jogar”.

Em seu retorno, o jogador terá como companheiros de ataque os jovens Pedro e João Pedro. Wellington Nem os elogiou e afirmou que dará toda confiança aos dois, que, para ele, já são experientes.

Vou dar toda a confiança para eles entrarem no campo e dar o máximo, com alegria e vontade. Se errar, tem que continuar tentando, porque as coisas vão acontecer. Eles são experientes, começaram bem. O João Pedro está fazendo gols, o Pedro já foi até chamado para a Seleção. Já demonstraram no profissional que são bons jogadores” encerrou.

Mário Bittencourt, presidente do Tricolor, também esteve na coletiva e destacou a participação do vice Celso Barros e do diretor executivo de futebol Paulo Angioni na negociação. Ele também contou que a maior dificuldade foi em relação ao Shakhtar.

Wellington fez de tudo para voltar ao Fluminense. Tentamos outras vezes e sempre tivemos muitas dificuldades. Dessa vez, tentamos outra estratégia liderada pelo Paulo e pelo Celso. Todo o staff que cuida da carreira dele se empenhou demais também. A dificuldade foi ele sair de lá, porque a conversa entre Wellington e Fluminense foi fácil” disse o presidente.