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Luxemburgo lamenta morte de George Floyd, mas minimiza racismo

Em entrevista ao "O Estado de S. Paulo", técnico do Palmeiras declarou que casos citados no futebol brasileiro são "pura bobagem para desestabilizar"

Luxemburgo lamenta morte de George Floyd, mas minimiza racismo
Luxemburgo  afirmou que "muitos brancos morrem daquele jeito" (Foto: Reprodução / SE Palmeiras)
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Por Willian Ferreira

A execução de George Floyd, afro-americano morto por um policial branco por asfixia com um joelho, segue repercutindo mundo afora. Até mesmo no meio esportivo brasileiro o crime é repercutido. Vanderlei Luxemburgo, atual técnico do Palmeiras, também falou a respeito em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quinta-feira (04). E deu declarações polêmicas.

O treinador fez questão de criminalizar o ocorrido com George Floyd. Ele, porém, deu a entender que certos casos em que falam de racismo têm um ar de vitimismo: "Essa questão aflorou muito nos Estados Unidos. É uma discussão bem doida para se chegar ao consenso. O que houve lá foi brutal, foi uma covardia. Aqui no Brasil existem algumas situações. Mas eu vejo em algumas situações que se tratam como racismo o que é totalmente desnecessário se tratar como racismo", polemizou.

Para ele, pessoas de outras cores de pele também sofrem com situações semelhantes: "Isso o que aconteceu é racismo. Existiu uma ira, uma raiva. Da mesma forma como morreu, morre muito branco também de formas agressivas, de sacrificar. É complicado, muito complexo", declarou Luxemburgo

Para finalizar, Luxemburgo classificou como "bobagem" os supostos atos racistas no futebol brasileiro. "Eu discuto muito no futebol, que é a minha área. Acho que os atos de racismo no futebol são provocados e eu achava que deveriam ser deixados de lado. Dão muito prestígio, muito moral à maneira como se trata o racismo no futebol. Nada mais é do que uma bobagem, ao meu ver. Aquilo, sim, que o cara fez é racismo puro. Mas no futebol o cara brincar com o outro, gozar o outro para desestabilizar o camarada, dizer que aquilo ali é ato de racismo, não sei. Mas é uma discussão longa", encerrou.