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Análise: Flamengo sobrevive à pressão em Guayaquil com atuação de gala na primeira etapa

Rubro-Negro supera fatores extracampo e se aproxima de classificação às oitavas-de-final sem sustos no grupo A

Análise: Flamengo sobrevive à pressão em Guayaquil com atuação de gala na primeira etapa
Foto: Alexandre Vidal/ C.R. Flamengo
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Por Gabriel de Oliveira Costa

Sete jogadores contaminados por Covid-19, um total de 11 desfalques para a partida, treinamento interrompido por fumaça vulcânica, a incerteza da realização do jogo em Guayaquil e um considerável peso da sonora goleada sofrida para o Del Valle. O contexto jogava contra o Flamengo até a bola rolar no Monumental, pela quarta rodada do grupo A na Libertadores.

De forma animadora, o Flamengo iniciou a partida predominante e aos 6 minutos já havia inaugurado o marcador com Pedro. Gerson em grande exibição, faria a jogada do gol e mais tarde tornava-se o jogador mais atuante na partida. Apesar dos fatores positivos no setor ofensivo, novamente o time de Torrent sofre gol e tem o desgaste físico pesando contra.

Superação

Repleto de desfalques e com mais quatro jogadores chegando às pressas para compor o banco de reservas - inteiramente composto por jogadores abaixo dos 23 anos - o Flamengo conseguiu lidar com as desconfianças do torcedor e a pressão do desesperado Barcelona de Guayaquil.

Com um início de jogo animador, o Flamengo que construía bem com Pedro, Gerson e Arrascaeta, antes dos 30 minutos de primeiro tempo já tinha 2 a 0 no placar, com mais um decisivo gol do craque uruguaio. Ousando perder outras chances de ampliar a vantagem, o time de Torrent tinha posse, ritmo de jogo e a liderança do jogo em seus pés.

Passados 45 minutos, a sensação de que o Flamengo realizava sua melhor partida na Era Dome, existia. Feito isso, o time pôde descansar vendo seu rival, à beira da eliminação precoce, esboçar apelações para tentar um revés memorável.

O cansaço

Logo com 3 minutos de reinício, o Rubro-Negro já sentiu o baque dos mandantes. Martínez descontou em jogada que expôs novamente a defesa do Fla, que tinha apenas Renê e Léo Pereira na cobertura do ataque Canário. No lance do gol, Arão, Thiago Maia, Thuller e Rodrigo Caio estão distantes da grande área defensiva.

Em jogo que se desenhava transtornos dramáticos, o Barcelona se alçou de vez no ataque, retirando seus dois volantes e enchendo o time de jogadores ofensivos. Por sua vez o Flamengo segurava as alterações, mas foi forçado a mexer quando Pedro se lesionou.

Apenas duas alterações foram feitas por Torrent: Lincoln, mais uma vez apagado, e Ramon, estreante lateral da base na competição, foram os utilizados. Com Gerson chamando a responsabilidade, o time carioca contou com o desespero adversário e ainda sim criou ao menos duas chances claras de gol.

Com César inseguro na bola aérea, o Barcelona ainda perderia uma clara oportunidade de empate, antes de Jhonathan Alves desperdiçar outros gols que levaram perigo aos atuais campeões. Mesmo cansado, o time soube lidar com a pressão e retornará ao Rio com mais 3 pontos somados e dependendo apenas de um empate nos próximos dois jogos para figurar presença no mata-mata.