A noite do último domingo (10) foi de empate vascaíno no Maracanã. O Vasco empatou por 1 a 1 com o Nova Iguaçu, pela partida de ida das semifinais do Campeonato Carioca.
Ramón Díaz falou com a imprensa após a partida em entrevista coletiva. Ele respondeu a alguns questionamentos. Essas foram algumas das respostas.
"O Vasco vai chegar à final porque tem o espírito, o compromisso. Venham ao estádio porque vamos chegar à final." disse o treinador.
Análise sobre o jogo
Ramón Díaz analisou a partida que fez o Vasco e destacou contextos importantes para a dinâmica da partida, além do resultado em si.
"Vasco está jogando coisas muito importantes. Temos 90 minutos para seguir competindo como estamos fazendo. Estou muito orgulhoso da equipe. Os torcedores também têm que estar. Muito simples a razão: jogamos há três dias uma partida importante, em que necessitávamos da classificação para seguir na Copa. Passamos, com sofrimento, com muita tensão, pressão das pessoas. Eu gosto que pressionem, porque é um time grande. Hoje, poderíamos ter ganhado por dois ou três ações. Mas também poderíamos ter perdido."
Projetando a partida da volta
Ramón Díaz projetou o jogo de volta, dando a sua visão sobre como entende que será esse confronto.
"Na semana que vem, vamos ter a vantagem de descansar durante a semana. Eles vão jogar contra o Internacional. O Vasco vai chegar à final porque tem o espírito, o compromisso. Diante de uma perda, recupera."
Justiça no placar e fidelidade da torcida
Para Ramón, o empate saiu como um resultado justo pelo que as duas equipes produziram em campo. Além disso, Ramón também falou sobre a atitude do torcedor em sair mais cedo do estádio.
"Com Payet, poderíamos ter ganhado. Não seria justo, porque acho que o justo era mesmo o empate. Eles tiveram chance com o atacante. Mas estou muito feliz porque faltam 90 minutos e creio que os torcedores de Vasco queriam ganhar de 3 a 0, mas o futebol tem disso. É preciso competir. Estou orgulhoso. Outro dia, as pessoas saíram antes, empatamos e ganhamos nos pênaltis. O verdadeiro torcedor fica até o final. Hoje, estávamos perdendo, mas a equipe reagiu."
Orgulhoso da performance
Ramón exaltou a performance do Vasco, projetando, de forma otimista, o confronto de volta das semifinais do Campeonato Carioca.
"Precisamos continuar competindo como estamos fazendo. Estou muito orgulhoso da equipe e os torcedores também têm que estar orgulhosos. Porque tem espírito e compromisso. Esse é o espírito de sair perdendo e se recuperar."
Ainda sobre a partida da volta, Ramón projetou a partida dentro do aspecto físico, além de fazer menção carinhosa a Léo Jardim, goleiro do Vasco.
"Estou feliz que ainda temos mais 90 minutos para jogar e teremos tempo para nos recuperar. Você verá a diferença no nosso fôlego, na pressão e no ataque. Essa é a pressão que existe. Mas nós temos um goleiro extraordinário que resolve um monte de problemas."
Reflexão sobre o jogo anterior
Quando perguntado sobre a oscilação do time do Vasco quando enfrentando o Água Santa, Ramón falou sobre como enxergou a partida.
"Gosto de jogar um bom futebol. Mas sei que estou em uma equipe grande e preciso ganhar. É preciso haver equilíbrio para que os torcedores tenham tranquilidade. Então teremos o futebol do primeiro tempo (da partida contra o Água Santa, pela Copa do Brasil), em minha opinião, o melhor do Vasco desde que cheguei"
Ausências importantes e adaptação
Ramón Díaz voltou a falar sobre as perdas de Paulinho e Jair, lesionados no ligamento do joelho e com suas ausências confirmadas por toda a temporada.
"Nossos planos mudaram quando Paulinho e Jair se machucaram. A equipe está sofrendo, mas temos que nos adaptar. Estamos felizes com o que temos, embora precisamos melhorar nesta área (meio campo), que considero um pouco mais difícil."
Foi apenas a segunda entrevista coletiva pós-jogo do treinador do Vasco em 2024. A última havia sido no Uruguai, no começo do ano, quando o Vasco fazia amistosos de pré-temporada.
Desde então, seu filho Emiliano Díaz, auxiliar-técnico, é quem vinha conduzindo as entrevistas coletivas com os jornalistas.
No momento de pressão, mais uma vez Ramón opta por aparecer e puxar a responsabilidade para si. Postura admirável.