O Atlético-MG fez um grande segundo tempo e levou a melhor no clássico mineiro, vencendo o Cruzeiro, de virada, por 3 a 1, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe alvinegra se manteve na décima colocação da tabela, com 41 pontos, e se aproximou do pelotão de cima que briga por vaga na Libertadores.

O treinador Oswaldo de Oliveira fez uma mudança no time titular em relação à equipe que foi derrotada para a Chapecoense, no meio de semana. O meia venezuelano Otero entrou no lugar de Cazares, que vem alternando bons e maus momentos ao longo da temporada. Em entrevista coletiva pós-jogo, o comandante atleticano afirmou que o banco de reservas pode ser muito útil para um jogador, e que se o equatoriano ganhar maturidade, vai ser muito importante para o Galo.

“Muitas vezes um banco tem um efeito excepcional para o jogador. Às vezes, o jogador fica na zona de conforto, e a gente mostra para ele que precisa dar um pouco mais. Eu vi esse menino, ano passado, pelo Atlético... tem um potencial inestimável. Mesmo no treinamento, o que o Cazares é capaz de fazer, você não encontra todo dia, em qualquer jogador. Habilidade, inteligência futebolística, velocidade, drible na vertical, arremate... É um jogador que estiver mais maduro e valorizar mais a qualidade que tem, ele vai dar um passe muito grande”, disse.

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Oswaldo ainda elogiou a grande atuação do atacante Robinho, que foi uma aposta do treinador desde a sua chegada, já que o 'pedalada' estava sendo pouco utilizado durante a passagem de Rogério Micale.

Com passe de Cazares, Robinho selou o 3 a 1 a favor do Atlético no clássico mineiro

“Eu queria até pular essa página. Teve gente dizendo que eu papariquei o Robinho, mas não fiz isso. Eu conheci o Robinho em 2005 e ele tinha 20, 21 anos, quando nós trabalhamos juntos pela primeira vez. Depois, trabalhei com ele em 2014, no Santos, pela segunda vez, e ele aí já tinha 30. Agora, o Robinho tem 33 anos de idade, é adulto, pai de família... Não preciso paparicar um cara desses. O que eu vou fazer com o Robinho? Dar bombom pra ele? Não! Não tive conversinha com ele, não. Falei na frente do grupo, como eu falei com o Fred, com o Fábio [Santos], que eu lancei no São Paulo, dentre outros. Mas dei condições a ele de jogar aquilo que sabe jogar. Pra mim, [ele] é um dos melhores jogadores do Brasil nos últimos anos; demonstrou isso ao longo do tempo. Então, não teve nada especial. Não teve nenhuma receita de bolo, apenas fazer o trivial, aquilo que eu acho que sei fazer”, explicou.

Além de Robinho, o comandante do Galo fez questão de elogiar a atuação do volante Yago, que entrou no intervalo, na vaga de Roger Bernardo, e ajudou a 'compreender o jogo', segundo Oswaldo de Oliveira.

Hoje, como eu precisava de uma mudança de posicionamento e técnica, eu fiz logo a substituição e foi tudo bem. O Yago é um jogador que conheço muito pouco, tenho informações das pessoas que trabalham comigo e observo muito ele no treinamento, principalmente de quarta para cá, porque perdemos o Elias. Parece que ele fez a leitura e durante o treinamento mostrou para mim que tinha condições de entrar e fazer o que ele fez, inclusive ele fez uma boa leitura do jogo hoje e, para mim, ele mudou o jogo. Começou pressionando os volantes do Cruzeiro, à medida que o segundo tempo foi desenvolvendo. Quando fizemos o gol, e por um lance muito fortuito fizemos o segundo, olhei para ele e o Yago já tinha feito a leitura, que o Cruzeiro viria pra frente e ele teria que segurar um pouco seus avanços. Fico muito feliz de contar com ele”, concluiu