Ao longo dos anos, o torcedor brasileiro nunca deu muita atenção às conquistas da Sul-Americana. Na opinião de Diego, entretanto, o torneio continental "secundário" merece mais atenção do público. Em entrevista coletiva pós-treino do Flamengo nesta terça (21), o meia citou pontos que valorizassem a disputa, como a garantia de uma vaga direta à Libertadores.

"Em relação às dificuldades e o retorno que esse torneio dá, como a vaga direta para a Libertadores, ele merece respeito. Você vê dificuldades diante das grandes equipes que ficaram fora. Aproveitamos para convocar os torcedores. Momento extremamente importante para nós. Quando falo nós, falo do Flamengo, não só dos jogadores. Queremos o apoio deles para que tenhamos um final de ano positivo para todos", afirmou.

Em sua chegada ao Flamengo, Diego assumiu a camisa 35 como forma de homenagear seus dois filhos. Mas na Sul-Americana, o meia veste a camisa 10 da Gávea - imortalizada no passado por ninguém menos que Zico, maior ídolo da história do clube carioca.

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(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

"Quando disse que alguns fatores me fizeram vestir a camisa do Flamengo, sem dúvida que Zico usando a 10 foi um deles. O 35 é um número que tem um significado muito grande para mim, me sinto muito bem. Mas a 10 do Flamengo, como a do Santos, pelo que o Pelé fez com ela, é especial. (...) É uma motivação extra. São detalhes que emocionam. Chegar ao estádio e ver a 10 com seu nome é um prazer. O importante é que a gente vença, mas motiva", completou Diego.

Durante bate-papo com a imprensa, o meia do Flamengo aproveitou para convocar a torcida para duelo contra o Junior Barranquilla nesta quinta (23), no Maracanã. A última parcial (ingressos já começaram a ser vendidos) era de 27.500 entradas adquiridas.

"Hoje em dia os jogadores, em grande parte deles, estão preparados para enfrentar pressão e oposição. Quanto mais motivados estivermos, pior para eles. Que os torcedores possam saber a importância. Ficou bem claro isso contra o Fluminense. O time passava momento muito difícil, e a torcida nos deu força", disse.

Confira outros trechos da coletiva de Diego:

Conversa com Lincoln"De forma natural, nós passamos o que aprendemos. É extremamente prazeroso passar nossas experiências. Agora, são garotos responsáveis. Aquele que for mais inteligente vai absorver o que foi positivo. Grande prazer poder contar com aquela garotada."

Peso de um possível título"Em primeiro lugar, o que o torcedor quer é que a gente não desista. Isso é fundamental e o que é eu sinto. O título no futebol é a grande recompensa. Trabalhamos para isso."

Jogar no Maracanã"Vim para cá com esse sonho. Um dos meus atrativos era vestir a camisa do Flamengo no Maracanã, com ambiente positivo e jogos decisivos no Maracanã. Passa um pequeno filme na minha cabeça. Isso aflora no Maracanã. Grande honra vestir essa camisa num grande estádio. Fatores que motivam e que justificam minha decisão de vestir essa camisa."

Temporada do Flamengo"Claro que o que se passou, passou. Não vamos poder substituir um título de Copa do Brasil ou classificação para a segunda fase da Libertadores. Continuar chegando a esse patamar, chegando à semifinal, merece um certo reconhecimento, mas nós temos isso em mente."

Retorno de Réver"Réver é importantíssimo para nós. Poder contar com ele, sem dúvidas, é excelente. Nós vemos dessa forma. Sabemos que quem entra corresponde, mas nós com certeza estamos na expectativa da volta do Réver para que ele possa nos ajudar."

Seleção Brasileira e vaga na Copa"Sempre que volto da Seleção, eu volto com a autoestima elevada. Agora, com 32 anos, ainda mais do que quando eu tinha 17. (...) Tenho essa possibilidade (vaga na Copa). É real, assim como a concorrência é real porque a Seleção é a mais concorrida do mundo. Esse objetivo continua bem claro. Voltei muito feliz por ter feito parte da convocação, e agora é seguir com mesmo trabalho e mesmas ideias."

Comunicação com Rueda"Estamos satisfeitos com o trabalho dele, e ele também. Existe esse momento de adaptação, e esse período deve ser encurtado porque sabemos que também precisamos de resultados imediatos. Não vejo problema de educação, entendimento, filosofia ou idioma. Trabalho segue. E sei que é uma parceria que o clube quer dar prosseguimento."

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Sobre o autor
Bárbara Mendonça
Setorista e coordenadora do Flamengo. Redatora do rubro-negro carioca e do futebol inglês.