É uma dor de cabeça que vem complicando o trabalho de Abel Braga. Dos 39 gols sofridos pelo Fluminense em 2017, 18 vieram de jogadas aéreas. O último foi marcado por Luís Fabiano, quando anotou o primeiro tento da vitória do Vasco por 3 a 2, no domingo (27), em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. É um cenário que preocupa: se antes o Tricolor terminou o Estadual com a melhor defesa, hoje sofre com chuveirinhos e bolas cruzadas.
É possível observar outros dados sobre o assunto no levantamento produzido pela VAVEL Brasil. Enquanto a média nacional mostra que as equipes costumam sofrer gols de cabeça no último terço do segundo tempo (76' à 90'), o pesadelo tricolor ocorre entre os minutos 13 e 30 do primeiro tempo - no segundo terço da primeira etapa. Até aqui, foram sete. Exemplo visto nas partidas recentes contra Botafogo, Santos e Brasil-RS. (veja nos gráficos abaixo).
Entre as jogadas ensaiadas, cobranças de falta e escanteios pela direita são as armas mais efetivas dos adversários. Outro ponto é que o problema independe das duplas de zaga titulares: as quatro que se formaram nesta temporada já foram vazadas. A que mais sofreu neste fundamento foi a composta por Henrique e Renato Chaves, vencidos oito vezes. A atual titular (Henrique e Nogueira) levaram cinco.
(Artes: Marcello Neves)
Lista: as duplas de zaga mais vazadas
• Henrique e Renato Chaves: 8 gols sofridos.
- Fluminense 3 x 2 Criciúma; Fluminense 3 x 3 Flamengo; Fluminense 3 x 2 Criciúma; Flamengo 2 x 1 Fluminense; Fluminense 3 x 2 Santos; Grêmio 3 x 1 Fluminense.
• Henrique e Nogueira: 5 gols sofridos.
- Globo 2 x 5 Fluminense; Fluminense 2 x 2 Madureira; Atlético-MG 1 x 2 Fluminense; Vasco 3 x 2 Fluminense.
• Nogueira e Reginaldo: 3 gols sofridos.
- Fluminense 1 x 3 Nova Iguaçu; Fluminense 1 x 1 Flamengo; Fluminense 1 x 1 Brasil de Pelotas.
• Frazan e Reginaldo: 2 gols sofridos.
- Botafogo 3 x 1 Fluminense.