Laterais: Edilson e Cortez intensamente na campanha do Grêmio na Libertadores

Edilson pela direita e Bruno Cortez pela esquerda são as peças titulares do técnico Renato Portaluppi

Laterais: Edilson e Cortez intensamente na campanha do Grêmio na Libertadores
Imagem: Rodrigo Rodrigues / editoria de arte da VAVEL Brasil
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Por Henrique König

As laterais foram importantes para o Grêmio chegar à classificação diante do Barcelona de Guayaquil nas semifinais da Libertadores. Tanto pela esquerda quanto pela direita, os jogadores Edilson e Bruno Cortez ofereceram intensa participação para ajudar o Tricolor a chegar aos gols. Atletas da confiança do técnico Renato Portaluppi, ambos dominaram as posições durante a temporada e buscam a consagração na hora de decidir a principal competição do ano.

Edilson teve passagem pelo Grêmio na primeira figuração de Portaluppi como técnico do Tricolor. Jogador que necessitava amadurecer, as passagens por Botafogo e Corinthians o ajudaram a conquistar bagagem. Estava na temporada 2015 na reserva de Fagner, o bom lateral corintiano que chegou à seleção brasileira em convocações. Titular fácil na maioria das equipes pelo país, Edilson retornou ao Grêmio para escrever mais história.

Além do Campeonato Gaúcho 2010, conquistou a sonhada Copa do Brasil 2016, competição que serviu para encerrar um longo jejum de conquistas do Grêmio. Em títulos grandes, 15 anos. Em qualquer competição, desde o estadual que Edilson havia conquistado. O lateral-direito é criticado algumas vezes por oferecer ou errar jogadas técnicas, sejam passes ou posicionamento. Porém, nas partidas de copa até aqui, é um Edilson extremamente focado, duro na marcação, que oferece muita resistência em campo e seriedade para as disputas.

Por vezes, comenta-se do temperamento explosivo, mas Edilson esclareceu em entrevista que sua preocupação geralmente é pelo jogo fluindo e que não gosta quando os adversários fingem ou tentam se aproveitar da arbitragem. Aí o lateral-direito perde a paciência. Diante do Barcelona, no Equador, ele apareceu com uma das suas especialidades: a bola parada. Cobrança de falta precisa em que venceu o goleiro adversário e garantiu o segundo gol do Grêmio. Ainda na bola parada em 2017, lindo gol marcou diante do Fluminense, na Copa do Brasil. Uma verdadeira obra-prima no Maracanã.

Com experiência de sobra, seriedade nas partidas copeiras e recursos como a bola parada, Edilson tem potencial para ocupar o posto de um dos maiores laterais gremistas do presente século.

A vinda de Cortez

Bruno Cortez é outro lateral da confiança do treinador. Tomou conta da lateral-esquerda no lugar do campeão da Copa do Brasil, Marcelo Oliveira. Bruno viveu grande início no Botafogo e depois circulou por São Paulo, Criciúma e o futebol do exterior. Ele tem características diferentes. O lateral cumpre papel defensivo e às vezes ajuda na subida como ala, para auxiliar quem atacar pelo seu lado. Nos últimos times de Renato, Fernandinho aparece aberto na posição pela canhota.

Muitas vezes, parece faltar profundidade ou mesmo confiança para o lateral-esquerdo gremista. Não raramente, quando arrisca jogadas mais verticais, leva vantagem sobre os marcadores e oferece perigo à meta adversária.

A lembrar do primeiro gol diante do Barcelona na semifinal. Bruno Cortez balança contra a marcação e encontra Luan livre na entrada da área: chute do camisa 7 e gol gremista para abrir caminho à vaga para final. Contra o São Paulo, na última atuação do Grêmio antes de começar a decidir a final, Cortez fez ótima jogada em cima do marcador e cruzou fechado, para zaga quase marcar contra, cedendo escanteio. São lances ainda raros, mas que realmente mostram o potencial do lateral carioca.

Diante do Lanús, Cortez vai ter a árdua tarefa de conter a subida de um jogador destacado dos adversários: o argentino José Luiz Gomez, de 24 anos. Ele oferece opções para os companheiros nas subidas. O Lanús é organizado e vai buscar espaços e infiltrações na defesa gremista, precisando que ambos os laterais estejam muito atentos durante a decisão.