André Jardine: um dos responsáveis pela qualidade do São Paulo na Copinha

Treinador, que coleciona títulos nas categorias de base, é um dos motivos pela grande trajetória do Tricolor Paulista na competição

André Jardine: um dos responsáveis pela qualidade do São Paulo na Copinha
Foto: Célio Messias/saopaulofc.net
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Por Matheus Pedroso

Depois de oito temporadas, o São Paulo voltará a disputar a final da Copinha, dessa vez comandado por André Jardine, que chega a decisão pela primeira vez. Desde sua chegada ao Tricolor, em 2015, são seis grandes títulos no seu comando, vários jogadores revelados e o reconhecimento por grande parte da torcida, que cobra uma oportunidade no profissional.

Como treinador, Jardine iniciou sua trajetória no Internacional, passou uma década treinando as divisões de base coloradas, até trocar o clube pelo rival Grêmio, onde teve passagem mais curta, devido a discussões com Felipão, técnico dos profissionais na época. Sem clube, o técnico chegou ao São Paulo por indicação de Júnior Chávare, ex-coordenador da base são paulina, com quem mantinha boa relação.

No período a frente do sub-20, muitos jogadores passaram pelas mãos de Jardine e depois foram integrados ao elenco profissional, como David Neres, eleito o melhor jogador do primeiro turno do Campeonato Holandês, Luiz Araújo, no Lille, Éder Militão, uma surpresa na última temporada do São Paulo, e Lucas Fernandes.

Em 2018, depois de duas edições da Copinha, Jardine conseguiu levar o São Paulo até a final da competição, com um time que sofreu alguns desfalques para o elenco profissional em cima da hora, mas que, ainda assim, conseguiu manter o seu padrão e chegar à decisão mostrando um futebol convincente.

Nesta Copinha, o São Paulo vem derrubando algumas grandes forças da categoria, como o Cruzeiro, atual campeão brasileiro, mas que foi amplamente dominado nas oitavas-de-final, apesar do placar magro. Nas quartas-de-final, diante do Vitória, um dos grandes times dessa edição, as alterações promovidas por Jardine foram decisivas para que o time avançasse.

Contra o Internacional, Jardine testou uma nova formação, sem a presença de um centroavante, e com Toró e Helinho livres no comando de ataque. No primeiro tempo, com o gramado em boas condições, o São Paulo dominou as ações, podendo até ter matado o jogo, não fossem as chances desperdiçadas – incluindo um pênalti, que Liziero perdeu.

Com os estragos no gramado promovidos pela chuva, Jardine precisou sacar Helinho, que vinha sendo o destaque até ali. No seu lugar entrou Gabriel Sara, substituição que foi queimada devido à suspensão da partida para o dia seguinte. Para manter o estilo do primeiro tempo, entrou Fabinho, o domínio voltou a se repetir e o São Paulo chegou perto do desempate.

Já nas penalidades, o destaque ficou por conta um membro da comissão técnica de Jardine. O preparador de goleiros Carlos Gallo, assim como fez nas quartas de final, indicava o canto que o porteiro Junior deveria pular e o atleta seguia a instrução, tendo acertado cinco vezes e colaborando com uma defesa, crucial para a classificação.

Diante do Flamengo, Jardine terá uma grande oportunidade para coroar seu trabalho, que vem dando muitos frutos à equipe profissional, que já conta com títulos de grande expressão nacional e continental, como a Taça Libertadores e os bicampeonatos da Copa do Brasil e Copa RS.