Por meio de seu presidente e CEO Hebertus Hess-Grunewald, o Werder Bremen soltou nota oficial sobre os protestos acontecidos na rodada do último final de semana contra o capitalismo selvagem no futebol alemão. O clube da cidade de Bremem reforçou seu total apoio aos Ultras, que segundo a autoridade máxima dos Papagaios, brigam ao lado de sua instituição contra o avanço da estrema-direita econômica e social no país europeu.
Os Ultras são torcidas organizadas presentes em diversos clubes do mundo. Elas, na Alemanha, lideram movimentos que visam a extinção de superinvestimentos concentrados em alguns clubes do país como no RB Leipzig, através da empresa Red Bull, e no Hoffenheim, ao lado do empresário Dietmar Hopp. No entanto, o Werder Bremen não concordou com a forma em que os protestos foram feitos, incitando a violência.
"As punições coletivas foram descartadas em 2017 e agora estão sendo aceitas por Hopp. Dois passos para trás! F***-se, DFB"
Durante o jogo entre Hoffenheim e Bayern de Munique na Bundesliga, os Ultras do time da Baviera mostraram faixas xingando o investidor, dono da empresa SAP, de "filho da p***". No dia seguinte, Ultras do Union Berlin também se manifestaram em confronto diante do Wolfburg: "As punições coletivas foram descartadas em 2017 e agora estão sendo aceitas por Hopp. Dois passos para trás! F***-se, DFB", diziam as faixas abaixo de uma imagem de Hopp com um alvo no rosto. DFB é o equivalente à CBF no Brasil.
Hebertus Hess-Grunewald também reiterou o pedido de existir a mesma união dos jogadores de Hoffenheim e Bayern, que "contra-protestaram" em apoio ao empresário Hopp e ficaram tocando a bola amistosamente enquanto a reta final do jogo rolava, em casos de descriminação: "Também gostaríamos de ver a má conduta racista, sexista, homofóbica ou anti-semita rejeitada com a mesma clareza que no último fim de semana".
Dessa forma, o Werder Bremen vai de acordo com sua tradição contra o conservadorismo social e capitalismo econômico selvagem.