#NoContexto: como está a situação do futebol em Goiás?

Campeonato Goiano não tem nenhuma previsão para recomeçar; enquanto isso, clubes tentam se aproximar dos torcedores de outras formas

#NoContexto: como está a situação do futebol em Goiás?
Foto: Divulgação/Governo do Estado de Goiás
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Por Marina Leite

Os Campeonatos Estaduais estão paralisados desde março devido à pandemia de Covid-19, mas, em vários lugares, já existem movimentos de volta aos treinamentos.

A VAVEL Brasil fez um levantamento de como está a situação em relação às decisões governamentais e como os clubes e federações estão se organizando nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Goiás. 

Como estava o Goianão?

O Campeonato Goiano completa nesta sexta-feira (15) dois meses sem partidas. A suspensão do torneio foi anunciada pela Federação Goiana de Futebol (FGF) no dia 17 de março, mas a última rodada que teve bola em campo foi realizada nos dias 14 e 15 de março.

Na última rodada, o Atlético-GO liderava e vinha numa ascendente, havia conquistado 13 dos últimos 15 pontos que disputou. O Dragão foi à paralisação como líder isolado, com 23 pontos. Duas rodadas antes da suspensão do Campeonato, os rubro-negros golearam o então líder Jaraguá por 5 a 0 no Olímpico e assumiram o primeiro lugar.

Com 23 gols em 10 partidas e uma média de 2,3 gols por partida o Atlético também liderava o ataque, seguido pelo Goiás com média de 1.5 gol por jogo. O Crac foi o time com menos gols, em 10 jogos acertaram a rede apenas cinco. Uma grande surpresa do Goianão, foi a equipe do Jaraguá, nos primeiros 18 pontos, foram 16 conquistados.

Goiás e Vila Nova, a grande rivalidade da disputa não fizeram uma boa campanha, executaram o mínimo suficiente para conseguirem chegar à paralisação no G-8.

A equipe Esmeraldina foi muito questionada. O treinador, Ney Franco, foi dúvida para a diretoria e torcedore devido ao mau início no Estadual e a eliminação na Copa Sul-Americana. O Vila Nova fez uma campanha ruim e chegou a flertar com o rebaixamento. Além da demissão do técnico Ariel Mamede, logo substituído por Bolívar, os colorados venceram apenas três dos 10 jogos que disputaram. 

Goianéseia, Crac, Aparecidense, Anápolis, Grêmio Anápolis, Goiânia e Iporá viveram um sobe desce constante. Todos esses clubes revezeram em bons e maus momentos até o momento da paralisação. Anapolina, mergulhada em conflitos políticos e numa calamidade financeira, venceu apenas uma partida e provavelmente teria o rebaixamento decretado. 

Governador descarta retorno 

Os clubes trabalham para voltar aos treinamentos o mais rápido possível desde o término das férias coletivas dos jogadores no final de abril. Goiás e Atlético, já montaram e divulgaram um protocolo informando como os jogadores devem proceder antes, durante e após as atividades nos centros de treinamento.

No entanto, o desejo das equipes goianas não deve ser atendido e o retorno será adiado mais uma vez. 

Em uma entrevista, o governador do estado, Ronaldo Caiado afirmou que não haverá flexibilização nos próximos dias e as medidas para o distanciamento social devem ser ainda mais restritivas, já que Goiás tem o pior indíce de isolamento do país. Os casos confirmados de mortes pelo novo vírus, então, começaram a subir, e os casos de pessoas infectadas também.

Enquanto não há possibilidade de retorno, Goiás e Vila tentam apoximação com os torcedores

Em tempos de pandemia e à espera do retorno, o Goiás anunciou a realização do torneio "Liga Esmeraldina", em parceria com a SportTI o clube irá organizar um campeonato de futebol digital. Os torcedores poderão optar jogar as partidas entre os jogos FIFA 20 e Pro Evolution Soccer 2020. O campeão irá ganhar a camisa titular e reserva, além de um boné e um copo personalizado. O torneio será disputado entre os dias 15 e 22 de maio. 

No Vila Nova, o diretor de comunicação, e também vereador, da equipe, Romário Policarpo disse em uma entrevista que durante a paralisação, tem movimentado os perfis nas redes sociais, já que na televisão o clube não tem muito espaço.

A aproximação com a torcida é importante para levantar a equipe nesse momento de dificuldade. De acordo com Policarpo, as redes sociais são uma importante ferramenta na divulgação de produtos, e o Tigrão tem um público muito interativo nas mídias.

Alívio no bolso

Publicado na última terça-feira (12), uma portaria do Ministério da Economia trouxe um pouco de alívio para os clubes do futebol goiano.

A medida para prorrogar o prazo para pagamento dos meses de maio, junho e julho de parcelas do Profut, traz alívio para Atlético, Goiás e Vila Nova que estão atravessando grandes problemas financeiros devido a paralisação. O Profut é um programa de modernização da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro, onde permite aos clubes o parcelamento de dívidas. 

Junto ao Congresso Nacional, a CBF vai tentar prorrogarr os prazos pelo período de um ano por meio de uma ediçao de um Projeto de Lei. Os pagamentos referentes aos meses de maio a julho poderão ser pagas entre agosto a dezembro.